segunda-feira, 1 de abril de 2019

Olavo de Carvalho dobra aposta e ataca militares por alegada tutela a Bolsonaro

POLITICA LIVRE
Foto: Reprodução
O professor Olavo de Carvalho
O polemista Olavo de Carvalho resolveu dobrar a aposta e voltou a atacar os generais do governo de Jair Bolsonaro (PSL) no domingo (31) e nesta segunda-feira (1º), depois de apelos das alas militar e civil do Planalto por pacificação. O seu principal alvo é o ministro general Santos Cruz (Secretaria de Governo), que disse à Folha de S.Paulo que é preciso restabelecer o diálogo entre Executivo e Legislativo e reinterpretar a suposta disputa entre as chamadas nova e velha política. “O general Santos Cruz ofende de maneira brutal o nosso presidente: insinua que ele não tem maturidade para escolher sensatamente seus amigos e precisar portanto de um tutor, o próprio Santos Cruz”, disse o escritor nas redes sociais. “O truque do Santos Cruz é camuflar sua mediocridade invejosa sob trejeitos de isentismo e acusar de ‘extremista’ quem o supera intelectualmente.” É na tensão com a classe política que Olavo e o seu grupo no governo, a ala ideológica, apostam para manter o eleitorado de Bolsonaro mobilizado a seu favor. O canal direto com a população pregado por Olavo e discípulos preocupa o Congresso, que vê nos gestos uma tentação autoritária do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Sábio, no Brasil, só o povão. De gerente de posto de gasolina para cima, só tem palpiteiro bobão”, afirmou nesta segunda o polemista nas redes sociais. “O mal do Brasil é a elite mais inculta e presunçosa do universo”, disse. Esse é o mesmo discurso adotado pelo presidente americano Donald Trump na campanha que o elegeu e depois, no cargo. Olavo, seus alunos e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, estreitaram laços com o estrategista americano Steve Bannon, ex-assessor de Trump, demitido da Casa Branca considerado um traidor pela família do presidente americano. À Folha de S.Paulo Santos Cruz disse que a indicação de cargos é normal no sistema político. “Vamos nos levantar das nossas cadeiras e conversar com os parlamentares. Temos que dar crédito para o nosso Congresso”, afirmou o ministro.
Folhapress

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