Governador disse
que “existe armação de médicos que pedem exames aos beneficiários pois
ganha comissão nas clínicas pela quantidade de exames”
Na inauguração de mais uma Policlínica,
em Valença, no Baixo Sul a 255 km de Salvador, na sexta, 29, o
governador Rui Costa admitiu, ao responder a pergunta de uma associada
ao Planserv, que “ela sequer pagaria passagem de ferry-boat se fizesse
um exame na Policlínica, que é melhor ou igual a qualquer outra
particular na Bahia, e aqui é de graça”, que haverá limite de uso no
pano do servidor público do Estado.
Alegou
o governador que o Planserv custa, por ano, R$ 1,5 bilhão, para pouco
mais de 500 mil associados, enquanto a saúde para 15 milhões de baianos
custa R$ 5 bilhões. (Se cada um dos 200 mil associados do Planserv pagar
R$ 300,00 por mês, o faturamento é de R$ 720 mi por ano)
Não disse Rui qual a receita anual nem
mensal dos mais de 220 mil que contribuem mensalmente com o Planserv,
enquanto a maioria desses baianos não contribuem com o Estado, mas têm
direito à saúde pública garantida pela Constituição Federal.
Disse ainda que vai mudar o modelo atual do plano de cotas para modelo de licitação.
Um áudio da conversa de Rui com a beneficiária está circulando pela Bahia nos grupos de Whats’App e redes sociais.
Foi mais além o governador do PT,
pré-candidato à reeleição, ao afirmar que 40% dos exames feitos no
Planserv são deixados sem que quem fez vá buscar. “Isso se chama
desperdício de dinheiro público”. “São exames desnecessários porque quem
pede trabalha clínica e ganha dinheiro de comissão por exame”.
Disse que como gestor e pai de pai
família tem que racionalizar, ou seja, ou outras palavras, limitar o uso
dos beneficiários dos serviços do Planserv.
Não será refém
Disse que falou sobre o assunto
recentemente e que uma associação publicou uma nota contestando, mas que
não vai se intimidar, pois tem que cuidar bem para o dinheiro do povo
não ser desperdiçado.
Ex-sindicalista e filiado a um partido nascido nas bases sindicais, Rui disse que não “é escravo de corporação nenhuma”.
“Não desperdiçar dinheiro do povo é
fazer 400 viagens de helicóptero pelo interior porque é candidato à
reeleição?”, pergunta um associado do Planserv e eleitor, que prefere
não se identificar. “Quanto custa cada viagem?”, finalizou.
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