Há muito tempo sabe-se do Plano de Saúde vitalício e ilimitado que deputados, senadores (além de ex-deputados, ex-senadores, suplentes ) e seus familiares possuem. Nada se faz. Nós, a plebe, temos que sustentar a nobreza parlamentar e fica por isso mesmo.
Mas o que é pouco difundido é que os servidores da Câmara dos Deputados também possuem um Plano Especial subsidiado, o Pró-Saúde.
Em 2017, o plano contava com inacreditáveis 17.256 filiados. A média salarial dos servidores da Câmara dos Deputados era de R$ 15 mil, de acordo com a Diretoria Legislativa, em 2012. Ou seja, todo mundo ali tem condições de pagar um plano de saúde sem subsídio público.
Já o Senado conta com o PIS, Plano Integrado de Saúde. De acordo com o site Metrópoles: “o SIS conta com 12.010 servidores, ativos e aposentados, e 6.389 dependentes. Há ainda 3.341 inscritos, entre comissionados e familiares.”
Os servidores e parlamentares também contam com outro mimo, o DEMED – Departamento Médico da Câmara, que custou incríveis R$ 100 milhões, em 2016. Um super hospital. De acordo com a própria Câmara, são despesas reembolsáveis fora do DEMED: “atendimento ambulatorial ou hospitalar, incluindo quimioterapia e radioterapia; exames complementares de diagnóstico; assistência domiciliar; assistência prestada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais; remoção para outro centro clínico, quando caracterizada a emergência ou a urgência e a inexistência de condições técnicas locais; órteses e próteses; assistência odontológica”.
Em abril de 2017, o presidente Rodrigo Maia (DEM) publicou o ato nº 125 que trata dos dependentes e ampliou a idade de 25 para 33 anos, além de tirar a exigência de o mesmo estar estudando. O ato foi publicado um dia após a madrugada conturbada da votação das 10 medidas desfiguradas contra a corrupção.
De acordo com o site Metrópoles: “A Câmara investe R$ 17,9 milhões mensais em planos de saúde para deputados, ex-deputados e familiares, além de servidores ativos, inativos e dependentes de ambos – desses, 54,13% vêm de um fundo de reserva. No Senado, são R$ 18 milhões por mês apenas para concursados, comissionados, aposentados e suas famílias – senadores, ex-senadores e seus dependentes têm um plano à parte. Assim, o valor final desembolsado pelo Legislativo federal para manter o atendimento de saúde dos trabalhadores e parentes acaba sendo bem maior do que os R$ 36 milhões por mês informado pelas duas Casas.”
Neste ano, o Congresso Nacional deverá gastar com os planos médicos e odontológicos cerca de R$ 432 milhões! Isso levando em conta os desembolsos mensais de R$ 36 milhões informados pelo Senado e pela Câmara, um valor claramente subestimado.
REVOLTE-SE! NÃO HÁ O QUE RACIONALIZAR SOBRE ESSE GASTO! COBRE A EXTINÇÃO DESSE PRIVILÉGIO E A ADESÃO AO SUS OU A PLANOS PRIVADOS DE SAÚDE!
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