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| \Lembrança: petistas exercendo seus pendores democráticos. |
"O ataque
de militantes petistas ao prédio do Supremo Tribunal Federal, com atos
de vandalismo, é um absurdo que não foi devidamente repudiado fora dos
organismos institucionais da Justiça". Artigo de Merval Pereira,
observando a falta de reação de todos os poderes e, mais preocupante,
de nenhum candidato à presidência. Basta de condescendência com
petistas, que pertencem a um partido fora da lei, que mal esconde sua
tendência ao totalitarismo:
A
estratégia do PT de desmoralizar a Justiça para dar ares de verdade à
tese de que Lula é um perseguido político, encarcerado injustamente,
está produzindo seus efeitos deletérios à democracia brasileira.
O ataque
de militantes petistas ao prédio do Supremo Tribunal Federal, com atos
de vandalismo, é um absurdo que não foi devidamente repudiado fora dos
organismos institucionais da Justiça. Não houve um pré-candidato ou
líder partidário que se posicionasse veementemente contra a arruaça
promovida por neo-aloprados petistas, incentivados pelas declarações e
ações das lideranças políticas de esquerda.
Ataques
que já haviam acontecido contra a residência da presidente do Supremo,
ministra Carmem Lucia, em Belo Horizonte, nos mesmos moldes de jogar
tinta vermelha, o que mostra que é uma atitude recorrente de alguma
facção ligada ao PT.
A
estrambótica tentativa de usar um plantão judicial para libertar Lula,
desmontada pela ação pronta de autoridades que prezam pela proteção do
sistema judicial brasileiro, inviabilizou o golpe, mas estimulou outras
atitudes do mesmo teor.
Foi
assim com o plantão no STF do ministro Dias Toffoli, tido como o momento
ideal para a libertação de Lula por suas ligações passadas com o PT e o
próprio ex-presidente. Vários pedidos de habeas corpus foram
apresentados logo no primeiro dia, como se fosse obrigatório Toffoli
ajudar Lula, com quem trabalhou e por quem foi indicado para o STF.
Não
poderia haver manobra mais rasteira e ingênua politicamente. Também o
pré-candidato do PDT Ciro Gomes, agora dedicado a tentar pela enésima
vez o apoio do PT e de partidos de esquerda como o PSB, deu uma
entrevista anunciando que a única maneira de Lula sair da prisão é ele
ganhar a eleição e colocar o Ministério Público e o Judiciário “dentro
de suas caixinhas”.
Nada
mais claro, inclusive porque ele complementou que colocaria todos em
seus devidos lugares. Diante da repercussão negativa, necessariamente de
repúdio às ameaças que um candidato a presidente da República faz ao
sistema judicial do país que pretende comandar, Ciro esclareceu que fora
mal interpretado por má-fé, mas repetiu o que dissera antes com outras
palavras.
Defendeu
o Legislativo e o Executivo, dando a entender que estavam sendo
constrangidos pelo Judiciário. Já se referira com um palavrão a uma
procuradora que abriu uma investigação contra ele, demonstrando que lida
mal com a Justiça quando a decisão é contrária a ele ou a seu grupo
político.
Esse
ambiente de confrontação com a Justiça, incentivado por Lula e seus
defensores, só faz enfraquecer as instituições democráticas do país, o
que não é aceitável como maneira de luta política. O ex-secretário de
governo de Lula, Gilberto Carvalho, chegou a dizer que apenas um levante
popular poderia salvar Lula. Um claro incentivo à revolta popular
contra a Justiça, inócua por não ser correspondida por aqueles que
deveriam se levantar.
Os
advogados do ex-presidente têm todo o direito de usar e abusar dos
recursos que a lei lhes permite, mas eles vão além, tentando
desmoralizar o Juiz Sérgio Moro, chegando ao cúmulo de apontá-lo como
suspeito, ou, através dos políticos mais destrambelhados, acusando-o de
ser um agente da CIA. Também o TRF-4 entra na mira dos advogados de
Lula.
A
campanha que tenta fazer de Lula um preso político tem lances que chegam
a ser patéticos, como a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffman,
denunciar a suposta situação em Cuba, onde verdadeiros presos políticos
penam nas cadeias sem que o PT proteste. Assim como não protesta contra
os protoditadores da Venezuela e da Nicarágua.
O
desespero dos petistas pode chegar a um nível perigoso depois de 15 de
agosto, quando ele deverá ser registrado como o candidato oficial à
presidência da República. A partir dessa data, a luta jurídica terá
apenas um objetivo: levar o nome de Lula à urna eletrônica e fazê-lo
poder disputar a eleição subjudice. Nada indica que o intento será
alcançado. Mas é previsível que a agressividade de seus militantes
subirá de tom.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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