O DEFENSOR
A pesquisa semanal de preços dos
combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocmobustíveis) divulgada nesta segunda (4) indica que as margens de
lucro praticadas por postos de gasolina dispararam durante o período de
paralisação dos caminhoneiros.
Em duas semanas, o litro da gasolina
subiu 7,7%, o do diesel teve alta de 6,5% e o do gás de botijão, de
5,4%. O etanol, que está em momento de queda pelo início da safra de
cana-de-açúcar, aumentou 6%.
Em todos os casos, a alta foi provocada
pelo aumento das margens de revenda, comprovando percepção do consumidor
de que os postos que receberam produtos aumentaram os preços durante a
paralisação dos caminhoneiros.
Diante da falta de produtos, o número de
postos pesquisados foi bem inferior à média das semanas anteriores. No
caso da gasolina, foram 485, contra cerca de 5.627 na semana anterior.
Para o diesel, o número de postos caiu de 3.182 para 378.
Em média, a margem de lucro na venda de
gasolina subiu 51,8%, para R$ 0,62, entre a semana anterior à greve e a
semana passada – quando o preço médio da gasolina no país foi de R$
4,614 por litro. No caso do etanol, o aumento da margem foi de 18,7%,
para R$ 0,52 por litro, levando o preço médio do combustível a R$ 2,953
por litro.
O menor aumento foi verificado nas
vendas de óleo diesel, com a margem subindo 13% em duas semanas, para R$
0,382. De acordo com a ANP, o preço médio de venda do diesel nos postos
brasileiros durante a semana passada foi R$ 3.828 por litro.
A margem de revenda do botijão de gás
também teve aumento expressivo: 32,6%, para R$ 22,15. Na última semana,
diz a ANP, o preço médio do botijão de 13 quilos, chegou a R$ 70,61.
Houve aumento também nos preços de venda
das distribuidoras, mas em menores percentuais. Entre a semana anterior
à greve e a semana passada, a gasolina vendida pelas distribuidoras
subiu 3%, o diesel, 5,8% e o etanol, 3,7%.
Nesta segunda, o governo anunciou que
usará poder de polícia para garantir que os descontos no preço do diesel
cheguem ao consumidor final. A expectativa é que o desconto seja de, no
mínimo, R$ 0,41 por litro.
Bocão
Nenhum comentário:
Postar um comentário