MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 3 de junho de 2018

Apertem os cintos: com sanções ao Irã, vem aí a nova tempestade de petróleo


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Charge sem assinatura (Arquivo Google)
Pepe Escobar
Asia Times

Chevron e Exxon Mobil têm participação na petroleira em Tengiz; Exxon, em Kashagan; e Chevron, em Karachaganak, todas no Cazaquistão. (…) OK. Agora, então, imaginem que Washington resolva que Chevron e Exxon Mobil não podem continuar a fazer negócios com empresas russas ‘sancionadas’…
Rússia e Arábia Saudita estão em debate profundo sobre aumentar a produção de petróleo OPEP e não OPEP em 1 milhão de barris/dia para compensar a queda drástica na produção na Venezuela além de possíveis reduções depois que as novas sanções dos EUA contra o Irã entrarem em vigência em novembro. O problema é que nem esse aumento pensado na produção bastará, segundo o Credit Suisse; apenas 500 mil barris/dia seriam acrescentados ao mercado global.
EM ALTA – O petróleo já alcançou $80 o barril – de que não se ouve falar desde 2014. O aumento da produção poderia certamente alterar a tendência. Ao mesmo tempo, fornecedores chaves manteriam o cru nos mercados futuros em $70-$80 o barril. Mas o preço poderia chegar até a $100 antes do fim do ano, dependendo do impacto que tenham as sanções norte-americanas.
Corretores de petróleo no Golfo Persa disseram a Asia Times que o preço atual do petróleo seria “muito mais alto hoje, se os estados do Golfo cumprissem o papel que sempre tiveram, de reduzir a produção” – para 10% ou 15% ou 20% da oferta da OPEP. Segundo um trader de Abu Dhabi, “os atuais cortes da OPEP só atingem 1,8 milhões de barris por dia, o que é ridículo e indica que os EUA ainda estão pressionando para manter baixo o preço”. Um acordo russo-saudita poderia com certeza virar a mesa.
E há também a questão adicional da redução da oferta da OPEP. Há um consenso entre os traders de que “o corte a ser substituído é de cerca de 8% do suprimento total, que dá aproximadamente 8 milhões de barris/dia/ano. Grande parte disso foi alcançado na extração pré-2014, mas nos próximos quatro anos a extração cairá consideravelmente, colapso estimado em 50%.”
SÓ HÁ INCERTEZA – Implica dizer que a única regra é a incerteza. Como se não bastasse, a Société Générale previu que as sanções dos EUA podem tirar do mercado global até 500 mil barris/dia de cru iraniano.  E isso nos leva ao assunto realmente importante no futuro de curto prazo: à parte as questões técnicas, a questão é como os mercados de petróleo e energia são hoje reféns da pressão geopolítica.
Os EUA estão em posição relativamente confortável. A produção de petróleo alcançou 10,7 milhões de barris/dia – o suficiente para as necessidades domésticas. E a produção do petróleo de xisto deve chegar no próximo mês à produção recorde de 7,18 milhões de barris/dia, segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA.
Os EUA importam apenas 3,7 milhões de barris/dia – três milhões dos quais, do Canadá. Como traders no Golfo Persa confirmaram, os EUA “importam óleo pesado e exportam óleo leve. Em três anos, o país estará essencialmente totalmente independente.”

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