MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A pesquisa que não deixou ninguém feliz


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Charge do Thiago Rechia (Gazeta do Povo)
Bernardo Mello Franco
O Globo

Não há ninguém muito feliz com a nova pesquisa do Datafolha. Em público, os petistas dizem que Lula continua com a bola cheia. Apesar da condenação em segunda instância, ele ainda lidera com folga a corrida presidencial. No melhor cenário, chega a 37% das intenções de voto.
A resistência é impressionante, mas não resolve os problemas do PT. Em privado, aliados do ex-presidente admitem que ele passou a ter chances remotas de concorrer. Ainda que não seja preso, tende a ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.
WAGNER FRACO – Sua substituição não será fácil. Jaques Wagner, o favorito para o papel de poste, aparece com apenas 2%. Ele crescerá com o apoio de Lula, mas não tem a garantia de que estará no segundo turno.
Parte do eleitorado do ex-presidente tende a escapar das mãos do PT. Os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) ainda não decolaram, mas continuam na fila para herdar o espólio lulista. Outros partidos de esquerda, como PCdoB e PSOL, prometem insistir em candidaturas próprias.
MAIA E MEIRELLES – O governismo também não tem o que comemorar. No momento, os dois aspirantes a candidato oficial disputam o direito de segurar a lanterna da pesquisa. O deputado Rodrigo Maia (DEM) tem 1% das intenções de voto. O ministro Henrique Meirelles (PSD) não passa dos 2%.
O presidente Michel Temer (PMDB) continua com 1%. Melhor esquecer o sonho da reeleição e se concentrar na defesa contra as denúncias da Lava-Jato.
ALCKMIN E BOLSONARO – No tucanato, o Datafolha também manteve o clima de desânimo. Apesar da máquina do governo paulista, Geraldo Alckmin continua estacionado entre 6% e 8%. Não saiu do lugar e voltou a enfrentar o fantasma de Luciano Huck. O apresentador diz que não é candidato, mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não perde uma chance de lembrá-lo como o plano B do PSDB.
Alguém poderá dizer que os números não foram tão ruins para Jair Bolsonaro, prestes a se filiar ao PSL. Afinal, as reportagens que mostraram furos em seu discurso moralista não o removeram do segundo lugar. No entanto, nem tudo são flores para o capitão da ultradireita. Ele perde em todas as simulações de segundo turno: com Lula, Marina ou Alckmin.
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