O
prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), foi às compras e leitores
atentos do ILHÉUS EM RESUMO não deixaram passar itens do carrinho que
assustam pelo preço ou pela forma como serão adquiridos.
Por meio do pregão presencial número 046/2017, a prefeitura pode comprar da empresa Paulo de Tarso dos Santos Eireli EPP (lote 2), cal, cimento e outros itens – a firma é de Valença e a homologação do resultado da licitação foi publicado no diário oficial do dia 16 de fevereiro (confira aqui).
Aparentemente, tudo normal, menos se a prefeitura não fosse adquirir 5 mil unidades de cimento a 50 reais cada uma. O produto, vendido em saco de cinquenta quilos, custa de 18 a 25 reais nas lojas da cidade, a depender da marca. Já a cal para pintura vai sair a R$ 3,60 cada um dos 50 mil quilos. Na internet, o saco com 8kg não sai por mais de 15 reais.
Marão também colocou no carrinho 100 rolos de fita zebrada para sinalização. Comprou cada uma a 20 reais. Na internet, o rolo, da marca Adelbras – escolhida pela prefeitura, sai por até R$ 7,80.
Já da empresa Daniela Bulcao Matos Epp, da cidade de Candeias, Marão vai comprar material de pintura. O ilheense vai pagar, pelo galão do esmalte sintético acetinado, R$ 205, e pela lata do esmalte sintético brilhante, R$ 120,33. O ILHÉUS EM RESUMO, que gosta de economizar nas compras, pesquisou. A loja Buriti, por exemplo, vende o primeiro item a R$ 115 e o segundo a R$ 83.
Não menos cara foi a compra de solvente à base de aguarrás. Numa pesquisa na internet, encontramos a lata com 900ml sendo vendida a R$ 11,99. Já a prefeitura vai pagar 99,33 reais por cada um dos 1000 litros previstos no edital da licitação.
Outro item do carrinho de Marão que nos toma a atenção é a compra de vergalhões. Serão empenhados cerca de 4,1 milhões de reais para comprar esse tipo de material. E não para por ai: a licitação orçou o preço do quilo do vergalhão e não a unidade. Por cada quilo da peça de 12,5mm, a prefeitura vai pagar R$ 234, por exemplo.
Para tirar a dúvida, ligamos para a Blocolar, empresa bastante conhecida na cidade. Orçamos os vergalhões de 12,5mm e de 10mm. A peça (e não o quilo) do primeiro sai por R$ 57,75 e a do segundo por R$ 36,90.
Cabe aqui lembrar que o edital 046/2017 visa o registro de preço, o que seria uma espécie de orçamento que a administração pública faz, mas que não a obriga a adquirir, total ou parcialmente, os produtos.
No entanto, cabem questionamentos quanto aos preços homologados serem, visivelmente, acima dos praticados pelo mercado, assim como é de se estranhar a compra de peças de metal por quilo, o que não é usual.
No dia 22, questionamos a Secretaria de Comunicação Social (Secom) sobre os pontos elencados acima e fomos informados apenas que essa licitação passaria por nova fase de apresentação de preços por parte das empresas.
O espaço, claro, segue aberto para esclarecimentos.
Por meio do pregão presencial número 046/2017, a prefeitura pode comprar da empresa Paulo de Tarso dos Santos Eireli EPP (lote 2), cal, cimento e outros itens – a firma é de Valença e a homologação do resultado da licitação foi publicado no diário oficial do dia 16 de fevereiro (confira aqui).
Aparentemente, tudo normal, menos se a prefeitura não fosse adquirir 5 mil unidades de cimento a 50 reais cada uma. O produto, vendido em saco de cinquenta quilos, custa de 18 a 25 reais nas lojas da cidade, a depender da marca. Já a cal para pintura vai sair a R$ 3,60 cada um dos 50 mil quilos. Na internet, o saco com 8kg não sai por mais de 15 reais.
Marão também colocou no carrinho 100 rolos de fita zebrada para sinalização. Comprou cada uma a 20 reais. Na internet, o rolo, da marca Adelbras – escolhida pela prefeitura, sai por até R$ 7,80.
Já da empresa Daniela Bulcao Matos Epp, da cidade de Candeias, Marão vai comprar material de pintura. O ilheense vai pagar, pelo galão do esmalte sintético acetinado, R$ 205, e pela lata do esmalte sintético brilhante, R$ 120,33. O ILHÉUS EM RESUMO, que gosta de economizar nas compras, pesquisou. A loja Buriti, por exemplo, vende o primeiro item a R$ 115 e o segundo a R$ 83.
Não menos cara foi a compra de solvente à base de aguarrás. Numa pesquisa na internet, encontramos a lata com 900ml sendo vendida a R$ 11,99. Já a prefeitura vai pagar 99,33 reais por cada um dos 1000 litros previstos no edital da licitação.
Outro item do carrinho de Marão que nos toma a atenção é a compra de vergalhões. Serão empenhados cerca de 4,1 milhões de reais para comprar esse tipo de material. E não para por ai: a licitação orçou o preço do quilo do vergalhão e não a unidade. Por cada quilo da peça de 12,5mm, a prefeitura vai pagar R$ 234, por exemplo.
Para tirar a dúvida, ligamos para a Blocolar, empresa bastante conhecida na cidade. Orçamos os vergalhões de 12,5mm e de 10mm. A peça (e não o quilo) do primeiro sai por R$ 57,75 e a do segundo por R$ 36,90.
Cabe aqui lembrar que o edital 046/2017 visa o registro de preço, o que seria uma espécie de orçamento que a administração pública faz, mas que não a obriga a adquirir, total ou parcialmente, os produtos.
No entanto, cabem questionamentos quanto aos preços homologados serem, visivelmente, acima dos praticados pelo mercado, assim como é de se estranhar a compra de peças de metal por quilo, o que não é usual.
No dia 22, questionamos a Secretaria de Comunicação Social (Secom) sobre os pontos elencados acima e fomos informados apenas que essa licitação passaria por nova fase de apresentação de preços por parte das empresas.
O espaço, claro, segue aberto para esclarecimentos.
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