Postado em 27/11/2017 7:50 DIGA BAHIA!
O Brasil obteve avanços no diagnóstico, tratamento e controle do
vírus HIV nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Relatório de
Monitoramento Clínico do HIV, do Ministério da Saúde. Os dados foram
divulgados na sexta-feira (24). Até 2016, o país tinha 84% das pessoas
diagnosticadas com o vírus em tratamento. O documento avalia metas da
Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020. O Brasil registrou um
aumento de 18% no diagnóstico de pessoas com vírus HIV e 15% em
quantidade de soropositivos que fazem tratamento médico regular. Os
números, entretanto, não representam um aumento real no número de
infecções, mas sim que as “novas tecnologias de testes rápidos têm
aumentado a cobertura”, segundo Adele Benzaken, diretora do Departamento
de Infecções Sexualmente Transmissíveis IST, HIV, Aids e Hepatites
Virais do Ministério da Saúde. De acordo com o plano da ONU, os países
signatários devem chegar a 2020 com 90% das pessoas que vivem com HIV
testadas. Destas, 90% precisam ter aderido à profilaxia, ou seja, ao
tratamento médico continuado, e destas, 90% devem estar com a carga
viral zerada no sangue – isso atestaria a eficácia dos medicamentos. “O
ministério reconhece que pessoa com carga viral indetectável não
transmite o vírus HIV”, disse Benzaken. Segundo o Ministério da Saúde,
830 mil brasileiros tem o vírus. Do total, 72% estão em tratamento e
quase todas tem a carga viral suprimida – isso é, são as chamadas
“pessoas indetectáveis”, que não transmitem o vírus. “Essas pessoas em
tratamento estão no sistema público de saúde, com recurso nacional. Em
qualquer outro país do mundo com esse quantitativo de pessoas, há
financiamento externo”, destacou Adele Benzaken. “E isso só acontece no
Brasil, porque a lei garante que toda pessoa infectada tenha acesso ao
tratamento”. Para atingir a meta da ONU, que é eliminar a aids no Brasil
até 2030, é preciso fortalecer as políticas de prevenção ao vírus,
quanto pelo tratamento regular, que reduz a carga viral no sangue.
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