Agora a
esquerda vai ter que se adaptar à Constituição: eleições, só em 2018. A
tentativa de desbancar Temer deu em nada. Perderam o PSOL, o PT e outros
partidecos, além de deputados representantes de policiais e da família
Bolsonaro, Eduardo filho e Jair pai, que jamais terão meu voto:
Após uma intensa ofensiva nos últimos dias junto aos deputados, o presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu que a Câmara dos Deputados negasse autorização para que fosse encaminhada ao Supremo Tribunal Federal a denúncia contra ele por corrupção passiva, feita pela Procuradoria-Geral da República.
Com a rejeição, o peemedebista só poderá ser processado por essa
acusação agora quando não estiver mais no cargo, a partir de janeiro de
2019.
Em uma
sessão que começou às 9h e se arrastou durante todo o dia por causa de
uma guerrilha travada pela oposição, que tentava impedir a votação ou ao
menos adiá-la para o início da noite – quando os governistas teriam de
se expor em horário nobre na TV- , o prosseguimento da tramitação da
denúncia foi rejeitado no início da noite. O número mínimo de votos para
a denúncia ser rejeitada foi alcançado logo depois das 20h.
O
principal argumento usados por aqueles que votaram a favor do relatório
do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendou o arquivamento da
denúncia, era garantir a recuperação econômica, inclusive dando
andamento às reformas propostas por Temer – além da trabalhista, já
aprovada, o governo deve enviar as da Previdência e tributária. Outros
argumentos foram a necessidade de dar estabilidade política ao país e a
suposta fragilidade da acusação apresentada pela PGR.
O
governo jogou pesado durante os últimos dias para garantir o mínimo de
votos necessários para barrar a denúncia. A principal arma foi a
liberação desenfreada de emendas para atender interesses paroquiais de
deputados. Entre junho, quando a acusação da PGR chegou à Câmara, e
julho, R$ 4,1 bilhões saíram dos cofres do governo federal para os
parlamentares – no restante do ano, a liberação tinha sido de apenas R$
102,5 milhões. O uso de emendas para conquistar deputados prosseguiu
inclusive durante a sessão, com o ministro da Secretaria de Governo,
Antonio Imbassahy, negociando pessoalmente, dentro do plenário, o
atendimento às demandas dos parlamentares.
Temer
também exonerou dez ministros que são deputados federais para que eles
reassumissem os seus mandatos para votar contra o prosseguimento da
denúncia – três do PMDB (Max Beltrão, Leonardo Picciani e Osmar Terra),
dois do PSDB (Bruno Araújo e Imbassahy), um do DEM (José Mendonça
Filho), um do PSB (Fernando Bezerra), um do PV (José Sarney Filho), um
do PTB (Ronaldo Nogueira) e um do PR (Maurício Quintella). (Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário