Por Redação BNews | Fotos: Arquivo / Agência Brasil
A força-tarefa da Operação Lava Jato
está apreensiva com o impacto da delação do ex-ministro Antonio Palocci
no sistema financeiro do país, segundo a colunista Mônica Bergamo.
Estuda uma forma de, ao contrário do que ocorreu com as empreiteiras,
preservar as instituições e os empregos que geram.
Segundo a publicação, a mesma preocupação
tem sido demonstrada pelo próprio Palocci nas conversas com os
procuradores. Ex-ministro da Fazenda, ele tem ponderado que seria
importante separar os bancos, como empresas, dos executivos que
cometeram crimes.
A colunista afirma também que uma das
ideias que já circularam seria a de se promover uma complexa negociação
com os bancos antes ainda da divulgação completa dos termos da delação
de Palocci. Quando eles viessem a público, as instituições financeiras
já teriam feito acordos de leniência com o Banco Central, pagando as
multas e liquidando o assunto. Isso em tese evitaria turbulências de
proporções ainda maiores do que as inevitáveis.
Ainda de acordo com a coluna, a
dificuldade é como fazer isso em tempo exíguo, já que a negociação com
Palocci para a delação premiada está em etapa avançada.
Por fim, a publicação lembra que
empreiteiras como a Odebrecht sofreram graves consequências quando os
escândalos em relação a elas se tornaram públicos. Tiveram que demitir
em larga escala, paralisaram atividades, enfrentaram problemas de
financiamento e se desfizeram de patrimônio. Algo parecido ocorre agora
com a JBS.
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