A escolha do título desse textofoi muito ponderada .Titubeei
bastante até chegar a ele. A primeira opção que imaginei seria “O ‘animus apropriandi’ da esquerda”, que significa
“a intenção que tem a esquerda de
apropriar-se”.Mas apesar da grandeza do latim e das grandes sentençase verdades
que essa língua “morta” deixou gravadas
na pedra de mármore da sabedoria ,na
verdade esse título originariamente cogitado teria relativa dificuldade de
compreensão para uma maioria sem afinidade com
esse idioma. Mas tanto um quanto o outro, pelo qual optei ,em última
análise têm igual significado.
Apesar de eu também ter sido contaminado pela “beleza” do
discurso da esquerda na minha juventude ,finalmente acordei dessa ilusão
enganosa e comecei a enxergar o tamanho da falsidade que estava por trás dessa
doutrina. Mas também tenho consciência que o discurso oposto, o da “direita”,
igualmente não me serve. Mas se eu não tiver outra alternativa e for forçado a
optar por uma delas,naturalmente enquanto não surgir algum modelo novo que me
convença, entendo que o discurso da chamada direita é “menos pior”,por ter
menos vícios que o outro.
É nesse exato sentido que
tenho convicçãoplena que seria possível
montar um sistema político socioeconômico
com o arcabouço do capitalismo ,porém mais justo e sobretudointeligente,recepcionando
e tornando efetivas nele todas as principais
promessas do socialismo/esquerda, que nunca passaram do discurso, e por consegüinte jamais foram cumpridas ou
aplicadas em qualquer parte do mundo.
No SOCIAL-CAPITALISMO que tenho em mente,por exemplo , acabaria a compra e venda de trabalho, a
mais-valia e a exploração do trabalho pelo capital, mediante uma simples mexida
nos critérios de remuneração do trabalhador, que não teria mais salário fixo ,mas
variável, relacionado ao “quantum” da produção, o qual se tornaria uma espécie de sócio do patrão nos
resultados da produção,em dimensão a ser definida. Essa modalidade não seria
evidentemente uma conciliação entre o CAPITALISMO e o SOCIALISMO, porém, com
certeza, entre o CAPITAL e o TRABALHO,que fariam as “pazes”,após milênios de
“pendengas”, e passariam a trabalhar juntos ,em plena harmonia , dentro de objetivos comuns. O
“investimento” necessário à essa mudança de certo modo revolucionária seria
puramente de ordem PSICOLÓGICA, oriundo de uma espécie de fenômeno estudado em
“análise transacional”, chamado ESTÍMULO POSITIVO CONDICIONADO. Ora,o ganho do
trabalhador ,e também do “patrão”, estariam condicionados aos esforços e
capacitação de ambos,bem como aos
efetivos resultados da produção. Seria uma parceria inédita entre o capital e o
trabalho, ambos movidos pelas mesmas forças psicológicas que fariam a produção
econômica dar um estupendo salto, aumentando o PIB extraordinariamente,favorecendo
ambas as partes partícipes da produção, além da economia do país, sobretudo.
Nenhum outro investimento seria necessário. Bastaria inteligência e alguma psicologia,
bem como libertação de certos “ranços”
antagônicos do passado , cultivados durante séculos.
Porém não é objetivo desse escrito constituir um “tratado”
sobre a esquerda, socialismo, e correlatos. Sobre esses temas a literatura é boa e quase infinita . O objetivo que tenho em
mente é modesto, buscando abordar meramente as principais características da esquerda em
suas diversas variantes, bem como suas relações com a invasão de imigrantes
indesejados para alguns países, que hoje se acentuou mais que nunca.
E no momento em que “acordei” do sonho socialista,
como antes mencionado, tomei consciência que não fazia parte dos seus
propósitos a CONSTRUÇÃODE RIQUEZAS,pelo trabalho das partes diretamente
envolvidas na produção . O único propósito dessa doutrina era ADONAR-SE DA
RIQUEZA ALHEIA, ou seja, apropriar-se e usufruir dos bens econômicos que outros
produziram com seus esforços.
Na verdade só o capitalismo
valoriza o trabalho, seja do patrão ,seja do trabalhador. A esquerda não têm essas preocupações num
primeiro plano. Sua prioridade é a de adonar-se do que os “outros” construíram em
suas vidas.
Mas chegou um dado momento da longa caminhada da esquerda que ela concluiu que seria preciso avançar
mais nos seus pleitos. Além de estar
muito difícil tomar o lugar e a riqueza
dos “burgueses” do próprio país,”ainda” capitalista, ela certamente viu claro
que mesmo que saísse vitoriosa nessa demanda,ou seja, que conseguisse usufruir
de toda a riqueza nacional, no que
pertine aos países menos desenvolvidos, ou pobres, ainda haveria o
inconveniente do “hercúleo” trabalho de construir um país próspero,passando da
condição de pobre a país desenvolvido.
Ora, isso seria uma tarefa difícil por envolver muito trabalho pela frente, algo que
nunca foi muito atraente à esquerda. Sua preferência esteve sempre em ganhar tudo prontinho e só usufruir da
obra de outros.
Então a esquerda passou a mobilizar-se não só para tomar
para si os bens dos outros, mas também a partir de então para tomar as rédeas e as riquezas dos países que outros
construiram. E como esses países geralmente optaram pela chamada democracia,
bastaria uma campanha de “exportação” em massa dos seus nativos ,até clandestinamente,para
esses países-alvo. Em algum tempo essa
gente formaria maioria, elegendo os seus
para governar e fazer as leis. Sem dúvida essa é uma nova forma de assalto da
esquerda: o assalto a outros países.
As “soberanias” de nações que foram demasiadamente tolerantes com essa politica da nova esquerda
mundial, especializada a partir de agora
não só mais em assaltar propriedades nos
seus países de origem, porém em assaltar outros
países inteiros, com intentos de
tomar-lhes a direção, sem dúvida foram seriamente afetadas. Grande parte dos
europeus, e seus respectivos governos e parlamentos, por exemplo, não mandam por inteiro mais nos seus países. Esse mando
agora é compartilhado com uma multidão de imigrantes clandestinos e
refugiados,com plena cobertura da Organização das Nações Unidas. Essa situação se tornou tão grave que com toda
razão o recém empossado presidente dos Estados Unidos,Donald Trump, declarou
que a Europa havia se tornado uma “bagunça”. E pela atitude radical que esse
Presidente tomou em relação à política das imigrações para os Estados Unidos,
certamente abriram-se com muita oportunidade as portas para um debate mundial
sobre essa questão. É desse debate que estou participando com meus leitores.
Nunca se viu na mídia até agora qualquer opinião ou mesmo insinuação de que
essa “bagunça” a que se referiu Trump tivesse origem e comando na ESQUERDA
MUNDIAL. Mas os indícios que levam a essa conclusão são tantos que nenhuma
dúvida mais pode haver que isso de fato está acontecendo. Na verdade o discurso
e o “carimbo” dessas invasões de países não são de esquerda. Mas a ação é
nitidamente de esquerda, do começo ao fim.A “filosofia” é de esquerda. A
sua “alma” é de esquerda. O seu “DNA” é
pura esquerda.
Em primeiro lugar as características dessas invasões de
países têm em comum os seguintes elementos: (1) as migrações clandestinas ou
não autorizadas invariavelmente partem de países MENOS desenvolvidos( mais pobres) para países MAIS
desenvolvidos (mais ricos); (2) os “emigrantes” que saem de uma nação pobre à procura de outra mais rica no geral pertencem
à classe social mais baixa nos países de
origem ; (3) os que buscam novos países jamais optam por nações desenvolvidas
que vivem sob a bandeira socialista. Por quê, então, os países
socialistas não demonstram qualquersinal de solidariedade com os povos que
necessitam abrigo permanente para uma nova vida,oferecendo-lhes esse abrigo? Alguém
alguma vez porventura censurou esses países socialistas e ricos de se omitirem
em receber aquelas multidões que procuram abrigo nos Estados Unidos? Eles
estariam fora dessa obrigação?
O que não deixa qualquer dúvida é que essas movimentações de
grandes massas humanas de um lugar para outro do mundo não surge ao acaso.
Existe uma enorme orquestração e detalhado planejamento por trás dessa política
que invade soberanias e rouba direitos de outros povos. E o que há de comum
nessas invasões é que invariavelmente todos os países de destino são ricos e
organizados no modelo capitalista. Sem dúvida a esquerda está por traz
dessa “bagunça”.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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