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Luis Dufaur
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Religiosas
corajosas pedem devolução dos bens da Igreja em Anyang
No distrito de Hexi (Tianjin),
onde a Igreja Católica teve grande número de propriedades confiscadas pela
reforma agrária e pela Revolução Cultural, sacerdotes, freiras e fiéis tentaram
uma manifestação pela devolução de um desses bens, aliás muito simbólico,
informou Infocatólica. http://infocatolica.com/?t=noticia&cod=27604
O ato começou diante da sede do
governo comunista do distrito, mas os católicos foram imediatamente presos pela
polícia, tendo algumas freiras sido espancadas.
A diocese de Anyang, dona das
propriedades, sofreu muito com a reforma agrária. Esta resultou em estrondoso
fracasso, ficando a China obrigada a importar imensa quantidade de alimentos
para a população.
O país socializado enfrenta agora
graves crises sociais, econômicas e financeiras. Por isso, o governo central
abriu uma fimbria de oportunidade para que os legítimos donos recuperem suas
propriedades, desde que as utilizem para fins sociais.
O critério não faz justiça
inteira aos herdeiros das terras e de prédios confiscados, porém deveria
aplicar-se de cheio à Igreja Católica, que visa usar as propriedades com
finalidades caritativas ou apostólicas eminentemente
sociais.
O socialismo foi
obrigado a reconhecer que a diocese de Anyang é a legítima proprietária do
prédio ocupado pelo governo local.
Mas face à Igreja
verdadeira, o comunismo não respeita sequer suas próprias leis, e não restituiu
o prédio.
Além do mais, anunciou que
tenciona demoli-lo para vender o terreno. O prédio fica no
centro da cidade e é muito atrativo pecuniariamente.
A catedral de São José, em Tianjin, foi feita por
missionários jesuítas franceses em 1917,
e
os católicos se mantém perseverantes malgrado as perseguições
comunistas
Para os fiéis, este é um sinal de
que a política religiosa
declarada pelo Comitê Central do Partido Comunista não é de fato posta em
prática, pelo menos no que se refere ao
catolicismo.
O
Comitê Central do Partido diz que defende o Estado de Direito e
protege os direitos de acordo com a lei. Por isso, muitos ingênuos acharam que a
devolução aconteceria sem problema algum.
Hélas! Se há alguém que o
comunismo obedece, é ao pai da mentira.
O Centro de Estudos Espírito
Santo, de Hong-Kong, calculou que o valor das propriedades da Igreja
sequestradas pelo comunismo gira em torno de 130 bilhões de yuans
(aproximadamente 17 bilhões de euros).
A luta pela restituição da posse
das legítimas propriedades da Igreja evidencia o dinamismo e a coragem do
Catolicismo, que ressurge, desafiando a ditadura marxista chinesa, suas
arbitrariedades e seus crimes.
(
* ) Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política
internacional e colaborador da ABIM
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
China: sacerdotes, freiras e fiéis lutam para recuperar propriedades da Igreja
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