Após 17 horas de terror e muitas mortes, terminou por volta das 8h30 da
manhã desta segunda-feira (2), a rebelião dos detentos do Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Em entrevista a uma rádio local, o
secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, confirmou a
informação. Após a liberação dos últimos reféns, policiais da tropa de
choque e da Rocam entraram no local e contornaram a situação. De acordo
com Sérgio Fontes, os presos já estão contidos e em breve será iniciado o
processo de contagem para saber quantos detentos fugiram do complexo e
também para saber quantos foram mortos. Sobre as mortes, o secretário
afirmou que o número varia de 50 a 60 "no máximo". Para Fontes, o
principal motivo da rebelião foi o narcotráfico. “As organizações
criminosas que se alimentam do tráfico fazem seus planos baseados nos
seus interesses e isso culminou nessa tragédia. Infelizmente essa é uma
realidade que já aconteceu em outros estados nós entendemos que isso é
um problema do Governo Federal. O que nós vivemos hoje foi mais um
capítulo da disputa pelo tráfico de substâncias entorpecentes no
Amazonas”, contou. No inicio da manhã, o comandante do Policiamento
Especializado (CPE), tenente-coronel Cleitman Rabelo informou que pelo
menos 80 pessoas haviam sido mortas durante a rebelião de detentos do
Compaj, localizado no Km 8 da BR-174. O ex-policial Moacir Jorge da
Costa, o “Moa”, foi esquartejado em sua cela durante o motim. 12 agentes
penitenciários foram mantidos reféns, destes 5 foram liberados durante a
madrugada e o restante pela manhã desta segunda-feira. A água que
alimenta o presídio foi cortada e os presos exigiram que seus processos
criminais sejam revistos e que alguns presos do semiaberto voltem ao
regime fechado. Durante toda a madrugada a movimentação em frente ao
Compaj foi intensa. Viaturas da polícia e IML estiveram durante toda a
noite no local, assim como os familiares. (A Crítica)
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