segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Acaba a rebelião em presídio de Manaus. 50 morreram


Após 17 horas de terror e muitas mortes, terminou por volta das 8h30 da manhã desta segunda-feira (2), a rebelião dos detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Em entrevista a uma rádio local, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, confirmou a informação. Após a liberação dos últimos reféns, policiais da tropa de choque e da Rocam entraram no local e contornaram a situação. De acordo com Sérgio Fontes, os presos já estão contidos e em breve será iniciado o processo de contagem para saber quantos detentos fugiram do complexo e também para saber quantos foram mortos. Sobre as mortes, o secretário afirmou que o número varia de 50 a 60 "no máximo". Para Fontes, o principal motivo da rebelião foi o narcotráfico. “As organizações criminosas que se alimentam do tráfico fazem seus planos baseados nos seus interesses e isso culminou nessa tragédia. Infelizmente essa é uma realidade que já aconteceu em outros estados nós entendemos que isso é um problema do Governo Federal. O que nós vivemos hoje foi mais um capítulo da disputa pelo tráfico de substâncias entorpecentes no Amazonas”, contou. No inicio da manhã, o comandante do Policiamento Especializado (CPE), tenente-coronel Cleitman Rabelo informou que pelo menos 80 pessoas haviam sido mortas durante a rebelião de detentos do Compaj, localizado no Km 8 da BR-174. O ex-policial Moacir Jorge da Costa, o “Moa”, foi esquartejado em sua cela durante o motim. 12 agentes penitenciários foram mantidos reféns, destes 5 foram liberados durante a madrugada e o restante pela manhã desta segunda-feira. A água que alimenta o presídio foi cortada e os presos exigiram que seus processos criminais sejam revistos e que alguns presos do semiaberto voltem ao regime fechado. Durante toda a madrugada a movimentação em frente ao Compaj foi intensa. Viaturas da polícia e IML estiveram durante toda a noite no local, assim como os familiares. (A Crítica)

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