O Brasil só ganha do Chade, da Bolívia e da Venezuela, a campeã mundial. O índice é organizado pelo Fórum Econômico Mundial:
O Brasil é a quarta nação mais corrupta do mundo, segundo o índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial.
O país está atrás apenas do Chade, da Bolívia e da Venezuela, que
lidera o ranking. A corrupção é um dos elementos que a organização suíça
inclui em seu índice anual de competitividade, baseado em uma pesquisa
com 15.000 líderes empresariais de 141 economias do mundo.
As três perguntas
feitas a esses executivos foram: “O quanto é comum o desvio de fundos
públicos para empresas ou grupos?”; “Como qualifica a ética dos
políticos?”; e “O quanto é comum o suborno por parte das empresas?”. Em
uma escala de um a sete, em que, quanto maior a nota, maior é a
transparência, o Brasil recebeu 2,1, segundo análise publicada pela
Business Insider. Em um
estudo divulgado pela Transparência Internacional, no início do ano, o
país ficou em 76º colocado em uma lista sobre a percepção de corrupção
do mundo entre 168 países.
Entre as 10 nações mais corruptas do ranking do Fórum Econômico Mundial, cinco são latino-americanas: Venezuela,
à frente, com nota 1,7; Bolívia, com 2; Brasil e Paraguai, ambos com
2,1; e República Dominicana, com 2,2--, mas que não são membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o think tank a cujo pertencimento define a fronteira entre os países industrializados ou não.
Um relatório do Fórum
publicado em junho assinalava a corrupção como o maior problema que a
América Latina precisa enfrentar, segundo seus líderes políticos e
empresariais. Escândalos como o da Petrobras, no Brasil, as acusações contra a ex-presidenta da Argentina Cristina Kirchner
e o suborno de que é acusado o ex-governante guatemalteco Otto
Pérez-Molina mantiveram a região estagnada, nesse aspecto, em relação
aos índices de 2014 e 2015.
O México aparece
entre os primeiros lugares do mundo desenvolvido com o mais complexo e
abrangente de seus problemas: a corrupção. O Fórum Econômico Mundial
coloca o país como a décima-terceira nação mais corrupta do mundo. Mas,
excluindo-se da lista os países menos industrializados, o México fica
com a liderança. Segundo o Fórum, o fator que o eleva ao primeiro lugar é
o crime organizado.
O caso do México, no
entanto, parece ser o mais alarmante, por se tratar de uma economia mais
avançada do que a dos demais países da região. No índice global de
competitividade, ele ocupa o 51º lugar de um total de 138, tendo subido
seis pontos graças a uma eficiência maior de seus mercados, e mantém uma
longa série de fatores que assustam os investidores: a corrupção, o
mais grave, é seguida pelo crime organizado e outros fatores
administrativos como a ineficiência da burocracia e a política fiscal.
“A educação básica
continua a ser uma fragilidade significativa para a sua competitividade
se comparada a outros líderes regionais e mundiais, além do fato de que a
qualidade institucional recuou. A economia mexicana foi atingida pela
queda dos preços do petróleo, um comércio internacional fraco e a
consequente queda na produção industrial”, assinala o Foro em seu texto
sobre o México.
Crise ambiental urbana
A corrupção nesse
país latino-americano não apenas afeta negativamente a possibilidade de
realização de negócios, de acordo com o índice, mas também atinge o seu
meio ambiente. Em março, a capital mexicana passou pela sua pior crise
ambiental em 14 anos: a poluição do ar subiu a níveis perigosos para a
saúde da população e o Governo local aplicou um polêmico programa para
reduzir imediatamente o nível de partículas tóxicas.
Em relatório
publicado em maio, o próprio Fórum relatava uma série de práticas que
frustram as tentativas realizadas de melhorar a qualidade do ar:
subornos nos centros de verificação veicular; transportes públicos sob
controle privado, o que fragiliza a fiscalização; e “malversação de
fundos na nova linha do metrô da Cidade do México, inaugurada em 2012 e
fechada pouco depois devido a falhas estruturais. (El País).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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