Na República
podre do lulopetismo, gente guindada ao poder age como agem juízes e
autoridades bolivarianos na Venezuela. Ela Wiecko, vice do
procurador-geral Rodrigo Janot, da PGR, foi flagrada participando de
manifestações contra Temer em Portugal, na companhia do sociólogo
Boaventura de Sousa Santos, relativista ferrenho, inimigo das ciências e
da tecnologia e entusiasta de ditaduras:
Era para
ser apenas mais um ato de militantes contrários ao impeachment de Dilma
Rousseff. Desta feita, a manifestação, para denunciar o que os
partidários da petista chamam de “golpe”, fora em Portugal, na companhia
do acadêmico Boaventura de Sousa Santos, professor da Universidade de
Coimbra. Em alto e bom som, os presentes gritavam “Fora, Temer”. A
gravação do ato foi parar na internet, como parte do plano de mostrar a
mobilização internacional contra a queda de Dilma.
“Somos
contra o golpe, a favor da democracia no Brasil, e tudo faremos
internacionalmente para mostrar que esse golpe é realmente um golpe que
visou com que os golpistas tentassem parar a luta contra a corrupção que
estava a ser iniciada no Brasil. É preciso que os golpistas não tenham
seu caminho aberto, é preciso, para isso, que os honestos regressem à
política e que a democracia volte a vigorar em toda a sua plenitude no
Brasil”, diz Sousa Santos, antes de ser seguido pelos manifestantes
erguendo cartazes contra o presidente interino, aos gritos de “Fora,
Temer”.
Aqui no
Brasil, o vídeo foi exibido na TVT, a TV dos Trabalhadores, ligada à
CUT. Nada demais, não fosse um detalhe: entre os presentes, apresentados
como estudantes de um curso de verão, aparece ninguém menos que a
vice-procuradora-geral da República no Brasil, Ela Wiecko Volkmer de
Castilho, número dois de Rodrigo Janot. A gravação data de 28 de junho
deste ano. Ela Wiecko aparece segurando uma faixa onde se lê “Fora
Temer. Contra o golpe!” – de óculos escuros, aparentemente
envergonhada, sem a empolgação dos demais, mas participando do ato.
Ela
Wiecko assumiu a vice-procuradoria-geral da República em 2013. Foi
escolhida para o posto pelo próprio Rodrigo Janot. Por mais de uma vez,
ela integrou a lista tríplice de candidatos ao posto máximo do
Ministério Público. Atualmente, Ela Wiecko conduz, na
Procuradoria-Geral, a “Operação Acrônimo”, que tem entre os alvos o
governador mineiro Fernando Pimentel, do PT.
A VEJA,
Ela Wiecko disse não ver problemas em participar da manifestação. “Eu
estava de férias, em um curso como estudante. Não posso pensar nada? Não
posso ter liberdade de manifestação? Isso é um pouco exagerado. Fui
discreta, estava junto, e não tive protagonismo maior”, afirmou. “(Isso)
é um patrulhamento que impede a pessoa de ser o que ela é.” Perguntada
sobre o que pensa acerca do processo de impeachment, agora em sua fase
derradeira no Senado, ela respondeu: “Eu acho que, do ponto de vista
político, é um golpe, é um golpe bem feito, dentro daquelas regras. Isso
a gente vê todo dia, é parte da política”.
A
vice-procuradora-geral disse ver com reservas a figura do presidente em
exercício, Michel Temer. “Tem muita gente que pensa como eu dentro da
instituição (Ministério Público Federal). Eu estou incomodada com essas
coisas que estão acontecendo no Brasil. Não me agrada ter o Temer como
presidente. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está”, afirmou,
antes de encerrar a conversa, por telefone. (confiram o vídeo em Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário