BA, AP, AL, MT e MS registram falta de vacinas em algumas cidades.
Campanha quer vacinar 49,8 milhões de grupo prioritário até 20 de maio.
Meta do governo é vacinar 49,8 milhões de pessoas contra a gripe até 20 de maio (Foto: Cristine Rochol/PMPA)
Os postos de vacinação de vários estados de todo o país estão abertos
neste sábado (30) para o "Dia D” de vacinação contra a gripe. A
mobilização é uma parceria do Ministério da Saúde com as secretarias
estaduais e municipais de saúde. A expectativa do governo federal é de
imunizar 49,8 milhões de pessoas até 20 de maio.Em seis estados (AP, BA, MT, MS, RJ e RS) há relatos de cidades sem vacinas. O Ministério da Saúde informou que a distribuição dos 54 milhões vacinas -número superior ao público-alvo da vacinação- é feita desde o dia 1° de abril, e até sexta-feira (29), 71% do total já havia sido repassada para os estados. Assim, alguns municípios puderam antecipar a vacinação.
Em nota publicada nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde afirmou que a alta procura antecipada nos municípios poderia fazer com que não houvesse necessidade de manter unidades de vacinação abertas no "Dia D".
Devem tomar a vacina os grupos prioritários, recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto) e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis também devem procurar os postos de saúde.
A quantidade insuficiente de doses da vacina também fez os municípios de Alagoas optarem por não participar do ‘Dia D’. Apenas Delmiro Gouveia está mobilizado. Em Maceió, só os postos temporários colocados nos supermercados e shoppings participam da mobilização.
Na Bahia, no entanto, ao menos 21 cidades estão fora da iniciativa for conta do baixo estoque de doses. Entre esses municípios estão Salvador, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Jequié.
Em Macapá, no Amapá, a campanha de vacinação também está suspensa por falta de vacinas e permanece sem prazo para normalização da campanha de imunização.
Em Mato Grosso, postos de saúde de Rondonópolis e Tangará da Serra tiveram de suspender a vacinação por falta de doses nesta manhã.
Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, houve relatos de tumulto, filas e até falta de vacinas.
No Rio Grande do Sul, as doses da vacina também acabaram em alguns postos de Pelotas e Rio Grande ainda no período da manhã. A Prefeitura de Porto Alegre manterá 142 unidades de saúde abertas para a campanha de vacinação.
No Rio de Janeiro, moradores de Valença contaram que faltou vacina em várias unidades de saúde. Na capital do estado, a Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza mais de 550 postos de vacinação, entre pontos fixos e itinerantes.
Fila para vacinação no posto do bairro de Fátima, em Valença (Foto: Maria Elena Soares/Arquivo Pessoal)
O Ministério da Saúde informou que disponibilizou às secretarias
estaduais de saúde, até esta sexta-feira (29), mais de 38 milhões de
doses da vacina. Foram adquiridas pelo governo 54 milhões de doses para a
campanha de vacinação deste ano.No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde espera que 110 mil pessoas procurem atendimento neste sábado. Cerca de 610 mil pessoas devem ser vacina ao longo da campanha. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), foi criado um serviço de “drive thru” para que pacientes com dificuldade de locomoção para que eles possam se imunizar sem sair do carro.
Vacina segura
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, orientou a população a se informar nas unidades básicas de saúde nas secretarias municipais sobre a campanha. Segundo ela, como 22 estados já adiantaram as campanhas de vacinação, em algumas regiões as autoridades podem não considerar necessária a abertura dos postos neste sábado.
A vacina contra gripe é considerada segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, como internações ou mortes. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações, segundo o Ministério da Saúde.
Segundo Carla Domingues, esta vacina não provoca gripe. O que pode ocorrer é que a pessoa, ao receber a vacina, coincidentemente, pode ter sido acometida por outros tipos de vírus em circulação e que não estão incluídos na vacina.
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