MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Com Meirelles, mercado já aposta em queda dos juros em junho ou julho


Charge do Sinfrônio (sinfronio.com.br)
Vicente Nunes
Correio Braziliense
A perspectiva de Henrique Meirelles assumir o comando do Ministério da Fazenda em um eventual governo de Michel Temer e de Mário Mesquita ser nomeado para o Banco Central fez as taxas de juros do mercado futuro subirem. A aposta, no entanto, é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) comece a cortar a taxa básica (Selic) em junho ou julho. A redução pode ser de 0,5 ponto percentual, diante do agravamento da recessão.
Os analistas reconhecem, porém, que, para os juros caírem, o governo Temer terá que apresentar um ajuste fiscal consistente, mesmo que as contas públicas não voltem a ter superavit primário tão cedo. Caso isso ocorra, as expectativas de inflação, que vem caindo lentamente, tendem desabar, aproximando-se do centro da meta, de 4,5%, em 2017.
MESQUITA NO BC?
Com Henrique Meirelles praticamente confirmado para o Ministério da Fazenda de um eventual governo de Michel Temer, o nome mais forte para a presidência do Banco Central é o de Mário Mesquita, que foi diretor da instituição e hoje é sócio do Banco Brasil Plural.
Mesquita é considerado um dos economistas mais bem preparados do país, apontado como linha-dura no combate à inflação. No entender dos analistas, se ele vier a substituir Alexandre Tombini no BC, não acelerá o passo para cortar a taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano. A redução será gradual, para que a inflação convirja para o centro da meta, de 4,5%, o mais rapidamente possível.
OUTROS COTADOS
Estão ainda na lista de cotados para o BC o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, e Amaury Bier, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e muito próximo de Armínio Fraga, com que trabalha na Gávea Investimentos.
Nao se pode esquecer, porém, que Meirelles também é muito próximo de Carlos Hamilton Araújo, que sucedeu Mesquita da diretoria de Política Econômica do BC. Quando deixou o banco, Hamilton foi convidado por Meirelles para trabalhar com ele no Grupo JBS. Hamilton responde por uma das diretorias da fábrica de celulose Eldorado.
UM BC CONSERVADOR
Na visão de analistas, um Banco Central sob controle de Meirelles deve ser extremamente conservador. Ou seja, os juros cairão mais lentamente do que pedirá a política. Para o mercado, ele não repetirá os erros do atual comandante do BC, Alexandre Tombini, que se incumbiu da missão de entregar um troféu para Dilma ostentar da campanha à reeleição: uma forte queda da Selic.
A taxa básica realmente chegou a seu nível mais baixo, 7,25% ao ano, mas a façanha durou apenas seis meses. E Tombini e o BC ficaram desmoralizados.
Posted in |

Nenhum comentário:

Postar um comentário