Resíduo não pode ser descartado da mesma forma que o lixo comum.
Apenas uma empresa é credenciada para esse tipo de serviço na capital.
O problema é que apenas uma empresa está credenciada pela prefeitura para fazer esse serviço em Maceió, a Bio Digital. Ela foi criada em 2013, quando o empresário Jadiel de Lira percebeu a carência desse serviço. Hoje, a empresa chega a recolher cerca de 12 toneladas de sucata eletrônica.
"O descarte irregular do lixo eletrônico é extremamente prejudicial ao meio ambiente. Um placa de computador, por exemplo, tem vários componentes perigosos como o mercúrio. Em contato com o solo, pode contaminar o lençol freático e se for queimado, provoca uma fumaça altamente tóxica que causa várias doenças", explica Lira.
Dono da Bio Digital explica que a empresa
reaproveita 100% do material recebido
(Foto: Carolina Sanches/G1)
Do bairro do Clima Bom, onde fica localizada a empresa, um funcionário
vai até a casa do cliente para recolher o lixo de forma gratuita.reaproveita 100% do material recebido
(Foto: Carolina Sanches/G1)
"No mês do meio ambiente chegamos a recolher 20 toneladas, mas depois o calor do momento passa e o pessoal esquece um pouco. Trabalhamos com o todo o material que recebemos, ou seja, aproveitamos 100% dele", conta Lira.
O estudante de engenharia elétrica Felipe Castro sabe da importância da destinação correta desse material.
"Computador ou celular que não uso mais, dou para alguém que queira ou mando para a empresa de reciclagem. Tem uma máquina de lavar com defeito que cobraram para a gente R$ 900 só pelo conserto. Como fica um valor muito alto, vamos pedir para vir buscar", disse Castro.
"O povo não sabe o que fazer, mas só tem um jeito certo, que é mandar para o local especializado, a não ser que embrulhem o lixo com uma fita e deem de presente de natal", brinca o estudante.
Segundo a Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), o descarte da sucata eletrônica deve ser feito através de um sistema chamado logística reversa, onde o dono, ao querer se desfazer de um resíduo especial precisa ir até o local de compra ou a empresa, assim como determina o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
De acordo com a diretora de planejamento e serviços especiais da Slum, Nadja Barros, o Conama ainda não regularizou a logística reversa, incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos, o que vem empacando os órgãos públicos a fazerem uma divulgação mais profunda acerca do assunto.
“A coleta da sucata, que chamamos de lixo especial, não é de responsabilidade do Município, mas sim da empresa que vendeu o produto. Essa regularização ainda está sendo providenciada e isso acontece no Brasil todo. Enquanto isso, o que nós podemos fazer é divulgar através do site da Slum ou fornecer o número da Bio Digital”, explica a diretora ao ressaltar que ainda não recebeu reclamação de lixo eletrônico no aterro sanitário.
Material é desmembrado e separado por categoria (Foto: Carolina Sanches/G1)
Segundo a auxiliar administrativa da Bio Digital, Thaís Temóteo, o
atendimento é feito tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. "Damos o
prazo de 15 úteis para recolher o material sem cobrança de taxa. Só não
buscamos tubos de televisão TRT (vidro), lâmpada, cartuchos e tonners.
Todo material que chega é desmembrado, separado e encaminhado para as
indústrias de reciclagem espalhadas por todo o país”, disse.A empresa recolhe TVs, computadores, baterias de celular e notebook, além dos aparelhos da chamada “linha branca” (geladeira, ar-condicionado, micro-onda e máquina de lavar).
Descarte correto
A Bio Digital fica localizada na Rua Eliete Rolemberg de Figueiredo, 476-E, no bairro do Clima Bom, parte alta de Maceió. Quem quiser solicitar o recolhimento do material, pode entrar em contato com a empresa por meio das redes sociais
Descarte de lixo correto contribui para o meio ambiente equilibrado (Foto: Carolina Sanches/G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário