Foto: Agência Brasil
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta
quarta-feira, 2, que os problemas relacionados ao emprego e à
Previdência não podem ser resolvidos por Medidas Provisórias (MPs) e,
sim, por meio de diálogos e grupos de trabalho. Na abertura do Fórum de
Debates sobre Política de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência
Social, no Palácio do Planalto, Barbosa disse a sindicalistas e
representantes de confederações que os debates em torno das questões não
podem ser adiados. “Essa discussão não pode mais ser adiada, mas é uma
discussão de longo prazo, não é para ser resolvida num fim de semana ou
para ser resolvida via medida provisória”, disse. “Primeiro tem que ser
discutida e depois ser enviada ao Congresso Nacional.” O ministro, que
fez uma apresentação sobre o cenário fiscal e os desafios da
Previdência, disse ainda que todas as medidas adotadas até agora pelo
governo, como as alterações no seguro-desemprego, abono salarial, que
foram feitas via MP, terão efeitos graduais e ainda não representarão
alívio fiscal para o País. “Todas as medidas que a gente adotou, sejam
da Previdência, do seguro-desemprego, do abono salarial, têm efeitos
graduais que, no início, não vão dar grande alívio fiscal, mas, com o
passar do tempo, podem melhorar muito a situação fiscal do Brasil e, o
mais importante, podem garantir que a Previdência seja sustentável”,
disse. Barbosa não ficou durante todo o Fórum, que durou cerca de três
horas. Ele disse que o objetivo do evento é ter um debate “franco e
aberto” para construir as soluções nos setores de emprego e previdência
social e destacou que todas as propostas que poderão surgir nos debates
e, futuramente, vierem a ser implementadas serão graduais. “Vamos sempre
respeitar aquela regra que a gente adota de que qualquer ação ou
qualquer medida que eventualmente seja adotada terá impacto apenas no
futuro, com efeitos bem graduais”, afirmou. “O objetivo é garantir que
daqui a 40 anos aqueles 25% que serão idosos, e eu espero estar entre
eles, tenham um sistema de previdência que tenha capacidade de pagar os
benefícios”, completou.POLITICA LIVRE
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