quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Barbosa: problemas do emprego e da Previdência não podem ser resolvidos por MPs


Foto: Agência Brasil
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira, 2, que os problemas relacionados ao emprego e à Previdência não podem ser resolvidos por Medidas Provisórias (MPs) e, sim, por meio de diálogos e grupos de trabalho. Na abertura do Fórum de Debates sobre Política de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, no Palácio do Planalto, Barbosa disse a sindicalistas e representantes de confederações que os debates em torno das questões não podem ser adiados. “Essa discussão não pode mais ser adiada, mas é uma discussão de longo prazo, não é para ser resolvida num fim de semana ou para ser resolvida via medida provisória”, disse. “Primeiro tem que ser discutida e depois ser enviada ao Congresso Nacional.” O ministro, que fez uma apresentação sobre o cenário fiscal e os desafios da Previdência, disse ainda que todas as medidas adotadas até agora pelo governo, como as alterações no seguro-desemprego, abono salarial, que foram feitas via MP, terão efeitos graduais e ainda não representarão alívio fiscal para o País. “Todas as medidas que a gente adotou, sejam da Previdência, do seguro-desemprego, do abono salarial, têm efeitos graduais que, no início, não vão dar grande alívio fiscal, mas, com o passar do tempo, podem melhorar muito a situação fiscal do Brasil e, o mais importante, podem garantir que a Previdência seja sustentável”, disse. Barbosa não ficou durante todo o Fórum, que durou cerca de três horas. Ele disse que o objetivo do evento é ter um debate “franco e aberto” para construir as soluções nos setores de emprego e previdência social e destacou que todas as propostas que poderão surgir nos debates e, futuramente, vierem a ser implementadas serão graduais. “Vamos sempre respeitar aquela regra que a gente adota de que qualquer ação ou qualquer medida que eventualmente seja adotada terá impacto apenas no futuro, com efeitos bem graduais”, afirmou. “O objetivo é garantir que daqui a 40 anos aqueles 25% que serão idosos, e eu espero estar entre eles, tenham um sistema de previdência que tenha capacidade de pagar os benefícios”, completou.
POLITICA LIVRE

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