O Conselho da Organização do Tratado do Atlântico do Norte
(Otan), o principal órgão de decisões da organização, apoiou hoje (28) a
Turquia nas ações que tem desenvolvido contra o Estado Islâmico e os
rebeldes curdos e garantiu que a “segurança da Aliança é indivisível”.
Após uma reunião convocada de urgência a pedido da Turquia, que foi
realizada em Bruxelas entre os embaixadores dos Estados-membros da Otan,
foram “fortemente condenados os atentados terroristas contra a Turquia”
e expressadas condolências ao governo do país e às vítimas. “A
segurança da Aliança é indivisível, mantemos a forte solidariedade com a
Turquia”, disseram em comunicado conjunto os representantes dos países
aliados após o encontro extraordinário. A reunião em Bruxelas ocorreu
depois de Ancara ter decidido avançar com uma dupla ofensiva, contra o
grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e contra o Partido dos
Trabalhadores do Curdistão (PKK). Ainda no comunicado conjunto após a
reunião de emergência, os aliados ressaltaram que o terrorismo coloca
uma “ameaça direta à segurança dos países da Otan e à estabilidade e
prosperidade internacionais”, numa ameaça global que a comunidade
internacional tem de combater em conjunto. Depois de um atentado suicida
atribuído aos jihadistas do grupo Estado Islâmico, em Suruç (Sul da
Turquia), em 20 de julho, no qual morreram 32 pessoas e uma centena
ficou ferida, a força aérea turca bombardeou várias vezes posições do EI
em território sírio. A Turquia também avançou com uma ofensiva militar
contra o PKK. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse que
continuará a ofensiva até que os rebeldes curdos deponham as armas. A
Turquia justifica a série de ataques aéreos lançados contra bases do PKK
no Norte do Iraque como resposta a ataques atribuídos ao movimento
curdo que tiveram como alvo membros das forças de segurança. Estas ações
ameaçam acabar com o frágil processo de paz iniciado no outono de 2012
pelo regime do presidente Recep Tayyip Erdogan com o objetivo de pôr fim
a uma rebelião que provocou 40 mil mortos desde 1984. Hoje, a Comissão
Europeia confirmou que o presidente Jean-Claude Juncker falou ao
telefone com o primeiro-ministro turco no fim de semana e que se reunirá
com o presidente turco em 5 de outubro. Nessa conversa, disse hoje a
porta-voz da Comissão europeia, Mina Andreeva, Juncker apresentou
condolências pelos ataques terroristas recentes, manifestou apoio à
Turquia na luta contra o Estado Islâmico e pediu “proporcionalidade” nas
ações contra os rebeldes curdos do PKK.
Agência Brasil POLÍTICA LIVRE
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