Foto: Divulgação
Deputado federal Bacelar (PTB-BA)
Nesta terça-feira, 28 de abril, em que se comemora o Dia
Internacional da Educação, o deputado federal Bacelar (PTB-BA) fez um
pronunciamento na Câmara admitindo avanços do Brasil na área, mas chamou
a atenção para a necessidade de uma evolução maior.”A presidente Dilma
anunciou que a educação seria prioridade do seu governo. Até criou o
lema ‘Brasil, Pátria Educadora’, mas até agora o que se vê são
resultados insatisfatórios. Duas em cada dez crianças ainda não estão
matriculadas na escola. As avaliações nacionais mostram que as crianças
saem da escola sabendo muito menos do que deveriam. Nos exames
internacionais, o desempenho dos alunos brasileiros é bem abaixo do
apresentado pelos estudantes de países desenvolvidos. Na prova realizada
em 2012, apenas 44,5% dos alunos do 3º ano mostravam alfabetização
adequada na leitura”, afirmou. O parlamentar citou um estudo feito pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2014, revelando que
um em cada quatro professores da rede pública é temporário, ou seja, não
tem todos os direitos trabalhistas. De acordo com Bacelar, os
professores brasileiros encontram inúmeras dificuldades, como a falta de
segurança, péssimas condições de trabalho e baixos salários. “O piso
salarial da categoria de R$ 1.918,00 não é suficiente. Ora, sabe-se que é
impossível ter uma vida estável com esse salário. A inflação está cada
dia maior, as contas cada vez mais caras e os salários lastimáveis. O
cenário para os docentes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rondônia é
ainda pior. Estes estados não pagam nem o piso da categoria, nobres
parlamentares. Isso é inadmissível”, disparou. Bacelar disse ainda que,
se o país quiser crescer, precisa executar o Plano Nacional de Educação
(PNE) e aprovar a Lei de Responsabilidade Educacional. “O PNE foi
aprovado no ano passado e prevê um aumento no investimento em educação
de 6% para 10% do PIB até 2024. No entanto, a crise econômica e o corte
de verbas afetou logo no início deste ano o Ministério da Educação, que
foi obrigado a mudar as regras do financiamento universitário,
prejudicando mais de 200 mil estudantes”, criticou.POLITICA LIVRE
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