MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Eduardo Cunha denuncia armação para incriminá-lo


Cunha diz que estão plantando provas para envolvê-lo
Chico de Gois e Isabel Braga
O Globo
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vinculou a revelação de que dois requerimentos de investigação da Mitsui teriam sido confeccionados em seu gabinete à reformulação que realiza no Centro de Informática da Casa, onde, segundo ele, os servidores não cumprem a carga horária nem o ponto eletrônico.
Terça-feira, Cunha determinou o afastamento de Luiz Antonio Souza da Eira do cargo de diretor do Centro de Informática. Durante o dia, o presidente da Câmara mandou que a Secretaria-Geral da Câmara produzisse uma certidão atestando que os requerimentos contra a Mitsui – empresa que, de acordo com o doleiro Alberto Yousseff, teria sofrido represália de Cunha depois de deixar de pagar propinas – teriam sido autenticados pelo gabinete da então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).
COLETIVA
Na reunião de líderes, no início da tarde, ele voltou a se defender, negando autoria do documento e, no final da tarde, convocou uma entrevista coletiva para, mais uma vez, dizer que não teve qualquer participação na elaboração do requerimento.
– Não posso permitir a suspeição ou a dúvida de um fato que está comprovado: a deputada Solange autenticou em seu gabinete, e o documento do Word, eu mandei verificar, tem 500 lá e nenhum tem meu nome. Só este tem. Os outros não têm o nome do parlamentar – questionou.
– Estranhamente, na semana passada eu determinei uma mudança na carga horária na área de TI (Tecnologia da Informação). Essa mudança provocou uma revolta. O pessoal não estava cumprindo a carga horária e eu determinei o ponto eletrônico, a mudança de carga horária na quinta-feira e, de repente, 24 ou 48 horas depois, aparece um documento de Word. Essas coisas todas têm que ser investigadas.
Cunha, porém, evitou culpar o ex-diretor da área pelo episódio. Disse, apenas, que o afastamento dele do cargo se deu por questões administrativas, porque os servidores de informática trabalham menos que os demais.
DATA EQUIVOCADA
O presidente da Câmara também questionou a data que aparece no requerimento que teria sido produzido em seu gabinete.
– O documento do Word, que foi utilizado, curiosamente a data dele é de trinta dias depois do requerimento da deputada Solange, que apresentou o pedido em 11 de julho, e o documento do Word é de 10 de agosto. Certamente, não poderia ser um documento 30 dias depois de ser protocolado ser suporte para um requerimento – disse.
– Estou determinando uma rigorosa investigação para saber o que está ocorrendo pelas suspeitas que esse assunto está acarretando, contra qualquer tipo de manipulação.
Cunha disse que era comum servidores de seu gabinete e de outros atuarem nas comissões para auxiliar deputados do Rio.
– O fato de a deputada Solange, ou qualquer outro parlamentar do Rio, ter utilizado serviços de funcionários nossos,é porque tínhamos servidores compartilhados com a bancada do Rio nas comissões. Tinha gente minha e de outros deputados, e todos trabalhavam para todos. Era um acordo que tínhamos na bancada.
OPOSIÇÃO DEFENDE CUNHA
Líderes da oposição saíram em defesa do presidente da Câmara, afirmando que as informações veiculadas até agora não prejudicam sua permanência no comando da Casa. O líder do DEM, Mendonça Filho (PE) e o vice-líder do PSDB, Nilson Leitão (MS) frisaram que Cunha fez questão de apresentar as explicações aos líderes. Para Leitão, é preciso “ter provas” e dar a Cunha o direito de se defender. O líder do PT, Sibá Machado (AC), não quis se pronunciar. Apenas o PSOL e o PC do B cobraram explicações.

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