MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Lutero no inferno?


 
 
Luis Dufaur (*)
 
 
Transcorria o ano 1883. No dia 10 de novembro, a Bem-aventurada Sóror Maria Serafina Micheli (1849-1911), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos, passava pela cidade alemã de Eisleben, na Saxônia, terra natal de Lutero.
Exatamente naquela data comemorava-se ali o quarto centenário do nascimento do grande heresiarca. Com efeito, Lutero dividiu a Igreja e a Europa e dessa cisão advieram  crudelíssimas guerras de religião que duraram décadas a fio.
Inquieta, a população local e da circunvizinhança aguardava o imperador alemão Guilherme I que devia presidir as solenidades. A futura beata não se interessou pela agitação, pois seu único desejo era encontrar uma igreja católica onde pudesse visitar o Santíssimo Sacramento e rezar.
Era noite. As igrejas estavam fechadas. Na escuridão, localizou uma com as portas trancadas. Ajoelhou-se nos degraus de acesso sem se dar conta de que não se tratava de uma igreja católica. Enquanto rezava lhe apareceu o Anjo da Guarda e lhe disse: “Levante-se, pois este templo é protestante”. 
E acrescentou: – “Eu quero te fazer ver o lugar onde Lutero foi condenado e a pena que sofre em razão de seu orgulho”. Depois destas palavras, a santa religiosa viu uma horrível voragem de fogo na qual era cruelmente atormentado um número incalculável de almas.

No fundo dessa voragem via-se um homem: Martinho Lutero. Ele se distinguia dos outros pelo fato de se encontrar rodeado de demônios que o obrigavam a ficar de joelhos, e todos eles providos de martelos se esforçavam em vão enfiar-lhe na cabeça um grande prego.

A freira imaginou que se o povo tivesse visto tal cena não tributaria honras, lembranças, comemorações e festejos a semelhante personagem. Desde então, sempre que aparecia a ocasião, Sóror Serafina exortava suas irmãs de religião a viver na humildade e no esquecimento dos outros.
Ela estava convencida de que Martinho Lutero foi condenado ao Inferno, sobretudo por causa do primeiro pecado capital: a soberba. O orgulho o fez cair no pecado capital que o levou para a aberta rebelião contra a Igreja Católica.
A sua péssima conduta moral, sua atitude de revolta contra o Papado e a sua pregação de doutrinas más pesaram no desvio de muitas almas superficiais e mundanas que caíram na perdição eterna. Sóror Serafina foi beatificada na diocese de Cerreto Sannita, província de Benevento.

          ( * ) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM

 
 

 
 
 
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM

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