MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Irmãs de 7 e 11 anos cortam o cabelo e doam para criança com câncer no PI


Meninas decidiram doar e conhecer pessoalmente a criança contemplada.
Mãe da criança contemplada diz que doação é um sonho realizado.

Do G1 PI
Desejo de Eduarda Maria é de doar os cabelos e fazer uma criança feliz (Foto: Fernando Brito/G1)Desejo de Eduarda Maria é de doar os cabelos e fazer uma criança feliz (Foto: Fernando Brito/G1)
Motivada pelo espírito solidário e de partilha, a pequena Eduarda Maria Nunes Araújo, 7 anos, tomou uma atitude de gente grande. Ela decidiu cortar os cabelos e doar as mechas para ajudar uma criança que faz tratamento de câncer. A decisão da pequena Eduarda Maria sensibilizou a irmã mais velha Ana Karoline Nunes Araújo, de 11 anos, que decidiu entrar na causa junto com a irmã.

Nessa quinta-feira (29) elas foram até um salão de beleza na Zona Sul de Teresina, fizeram o corte do cabelo para doação e conheceram a pequena Maria Eduarda, de 9 anos, que faz tratamento de câncer no Hospital São Marcos, em Teresina, e é a criança receptora da peruca que será produzida com o cabelo doado.
Sei que vou fazer uma criança feliz; diz Ana Karoline (Foto: Fernando Brito/G1)'Sei que vou fazer uma criança feliz'; diz Ana Karoline
(Foto: Fernando Brito/G1)
“Eu sempre levantava de manhã pensando na doação sabendo que ia fazer uma criança feliz. Eu quero que ela sinta novamente o prazer de ter cabelo. Nunca fiquei assim, mas eu imagino como é ser uma pessoa sem cabelo, porque o seu corte mostra o seu estilo”, disse Ana Karoline.

A atitude surpreendeu a mãe Mak-Sheilla Nunes Feitosa Alves, moradora da Zona Sul da capital piauiense Teresina, que sem pensar duas vezes, apoiou a ideia logo no início. Ela conta que a filha sempre teve ciúmes dos cabelos e que resolveu cortar apenas aos 7 anos, quando surpreendeu a todos com o desejo inusitado de doar para uma criança em tratamento de câncer.
Fiquei emocionada e decidi entrar na causa. Ela sabe que vai ter o cabelo dela vai crescer de novo, então não foi difícil"
Mak-Sheila Nunes,
mãe das crianças doadoras
“Ela me perguntou o que iria ser feito com o cabelo cortado e disse que iria para o lixo. E foi quando ela surpreendeu dizendo que não ia vender nem jogar fora, mas que iria doar para ajudar uma criança que não tinha cabelo”, contou a mãe das meninas.

Para fazer a doação, a mãe das meninas procurou o Projeto Mundo Colorido, um projeto social do município de Barras, cidade localizada a 119 km da capital Teresina, que foi criado com o objetivo de ajudar crianças portadoras de câncer, carentes e/ou órfãs. O Projeto intermediou a vontade de doar das pequenas Eduarda Maria e de Ana Karoline, com o desejo de Maria Eduarda Sousa de Machado, de 9 anos, de ter de volta os cabelos. A criança faz tratamento de quimioterapia para leucemia há um ano e seis meses.
Para a mãe de Maria Eduardo, o momento é um sonho (Foto: Fernando Brito/G1)As meninas decidiram fazer a doação e conhecer pessoalmente a criança contemplada (Foto: Fernando Brito/G1)
De acordo com a mãe da criança receptora Maria dos Reis Rocha de Sousa, 34 anos, moradora do município de Altos, a 37 km de Teresina, o momento é considerado um sonho realizado. “Com certeza é um sonho dela que se realiza. Desde que começou o tratamento, o cabelo dela já caiu três vezes e é sempre um momento difícil”, disse.

Para levantar recursos para a produção da peruca para a doação, as crianças junto com a mãe, decidiram ir para as ruas de Teresina em campanha para arrecadar fundos. Pedindo em locais de grande movimentação, as duas crianças, a mãe e o pai conseguiram arrecadar mais de R$ 500, o que custeou a produção da peruca.

Projeto Mundo Colorido
O Projeto Mundo Colorido é um projeto social filantrópico do município de Barras no Piauí, que foi criado com o objetivo de ajudar crianças portadoras de câncer, carentes e/ou órfãs. Idealizado pela jovem estudante Amanda Paz, de 23 anos, o projeto começou em junho de 2013 e surgiu a partir da experiência de dois casos de câncer na família da idealizadora. O avô que teve câncer de pele e a prima que teve leucemia. Hoje, o projeto conta com 15 integrantes trabalhando de forma voluntária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário