Foto: Agência Câmara
Líder do PMDB e candidato à Presidência da Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ)
O líder do PMDB e candidato à Presidência da Câmara, deputado
Eduardo Cunha (RJ), reagiu à participação de cinco ministros em almoço
organizado hoje (28) para buscar apoio à candidatura do petista Arlindo
Chinaglia (SP), onde estiveram lideranças de vários partidos. De acordo
com Cunha, não tem nenhum problema ter candidatos diferentes dentro da
base governista, mas “significa você ter que respeitar a todos”. “Se o
governo interferir [na disputa], ele vai criar um descompasso entre
aliados da mesma base. O almoço de alguns ministros que estão apoiando,
eventualmente, é uma coisa. Não acho bom. Não deveria fazê-lo”, disse o
peemedebista ao afirmar que o Parlamento é livre, soberano e
independente para ter a disputa. Cunha disse que não está fazendo
almoços com os ministros do seu partido. Eduardo Cunha disse que quer
saber se está havendo interferência, pressão, ameaças de oferecimento de
vantagens, cargos e retaliações em função da disputa pela Presidência
da Câmara. “Se é isso, não é uma coisa boa. Mostra a tentativa de
interferência de um poder [Executivo] na eleição de outro poder
[Legislativo]. O efeito vai ser o contrário. O poder vai se mostrar
independente nesta eleição do dia 1º”, disse o candidato. Perguntado se a
movimentação dos ministros para ajudar a candidatura de Chinaglia era
inútil ou indevida, Cunha disse que se for interferência dos ministros,
ela é indevida. “Movimentação tem direito de fazer quem quiser. Isso é
democracia. Ninguém vai questionar nada”, afirmou. O deputado Arlindo
Chinaglia disse que a reunião com as lideranças e dirigentes de oito
partidos teve um peso importante na sua campanha, mas que ele vai
continuar trabalhando para conquistar os votos necessários para sua
eleição. Ele disse que não está havendo interferência do governo na sua
candidatura e que os ministros foram ao evento no horário de almoço
deles. Durante o almoço, as lideranças partidárias e os ministros
conversaram sobre a formação de um bloco partidário de partidos da base
governista visando à eleição para a Mesa Diretora da Câmara no próximo
domingo (1º) e a formação das comissões técnicas da Casa que atuarão
nesta legislatura.POLITICA LIVRE
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