O ministro da Secretaria da Aviação Civil, Moreira Franco,
disse hoje (2), durante seminário na Fundação Getulio Vargas, que o
governo estuda novo modelo para a Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero). Ele acredita que a estatal precisa se preparar
para a concorrência, uma vez que parte dos aeroportos do país foi
concedida à iniciativa privada. “Paramos as concessões este ano, porque o
governo precisa de uma operadora de aeroportos. Haverá terminais que
não serão rentáveis, e nós precisamos que operem com transparência”,
disse. Segundo ele, o objetivo é criar uma avaliação trimestral, para
esses terminais, destinada à criação de um ambiente de meritocracia, de
modo que a remuneração dos aeroportos seja diferente. “Os ganhos serão
maiores para aqueles que tiverem melhor desempenho, porque o que o
cliente quer é preço e qualidade”. O ministro informou que a ideia é que
a empresa seja criada na forma de fusão com a iniciativa privada. O
ministro ressaltou que o Banco do Brasil desenhou uma alternativa de
constituição da Infraero Serviços, nome que se dará à nova empresa, e
apresentou a operadores que demonstraram interesse em participar.
“Estamos em discussão na Casa Civil para que o governo tome a decisão e,
assim que acontecer, vamos implantar. A ideia é a Infraero ser
responsável por 51% das ações e o setor privado 49%”, disse o ministro.
Flávia Albuquerque, Agência Brasil POLITICA LIVRE
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