Foto: Fotomontagem/ Reprodução
Os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró
A acareação entre os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto
Costa e Nestor Cerveró está sendo realizada, neste momento, na comissão
parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de
corrupção na petroleira. O primeiro assunto a ser colocado pelos
parlamentares para esclarecimento entre os dois foi sobre o pagamento de
propina no contrato da compra da refinaria de Pasadena nos Estados
Unidos. Na condição do diretor responsável, à época, pela compra da
refinaria de Pasadena, Cerveró negou que tenha havido pagamento de
propina nos contratos referentes a essa transação e em outros da
Petrobras. “Eu desconhecia. Pelo fato de desconhecer, para mim não havia
[pagamento de propina]”, voltou a afirmar Cerveró hoje. Em seguida,
questionado sobre uma carta escrita por ele que propiciou a compra da
refinaria, ele disse que não recebeu propina por isso. “Eu não recebi
nada, eu fiz um procedimento normal. Eu não recebi nada por essa carta”,
disse. Sobre o assunto, Paulo Roberto Costa se limitou a dizer que
reitera o que já disse ao juiz Sérgio Moro, nos depoimentos que prestou
em Curitiba. Em setembro, o Jornal Nacional divulgou com exclusividade
que Costa havia admitido ao juiz que recebeu, ele próprio, R$ 1,5 milhão
de propina pelo contrato da refinaria de Pasadena. No início da
acareação, Costa foi o primeiro a falar e começou dizendo que tudo o que
já disse nos depoimentos de delação tem comprovação. “Não tem nada da
delação que eu falei que eu não confirme. Porque a delação é um
instrumento extremamente sério, não pode ser usado de artifício, não
pode ser mentira, de coisas que não possam depois se confirmar”, disse. E
completou: “Falei de fatos, falei de dados, falei de pessoas. Na época
oportuna, essas pessoas serão conhecidas”. POLITICA LIVRE
Mariana Jungmann, Agência Brasil
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