Professores de autoescolas do Distrito Federal consideram a
resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que passa de 20
para 25 o limite de aulas práticas para alunos que desejarem tirar
carteira de habilitação, insuficiente para formar motoristas mais
conscientes. A Resolução, que entrou em vigor ontem (02), vale apenas
para quem se habilitar à categoria “B”. Instrutor de direção, Romualdo
José da Silva, 58 anos, avalia que a criação de um limite de aulas tem
dois efeitos negativos. Segundo ele, muitas das pessoas que cumprirem a
determinação podem não adquirir experiência suficiente para pegar o
volante em situação real, ou seja no trânsito. “Há 30 anos na profissão,
ensinei pessoas que poderiam ser habilitadas em quatro ou cinco aulas.
Entretanto, outras não poderiam alcançar a habilitação nem com as 20
aulas práticas previstas. Na verdade, o que conta é a capacidade da
pessoa. Cada um tem um tempo diferente para aprender a dirigir”,
salientou Romualdo. O instrutor ressaltou outra particularidade na
definição do limite. “Alguns alunos, com mais dificuldades, quando estão
próximos das aulas consideradas suficientes, ficam desestimulados, pois
entendem que o quantitativo deveria ser suficiente. Acho que cada
pessoa deveria ser capacitada pelo próprio instrutor, que é quem a
acompanha”, concluiu. POLITICA LIVRE
Agência Brasil
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