A
20ª edição do Salon du Chocolat registrou mais de 100 mil visitantes e
teve a presença pelo sexto ano consecutivo do estande Cacau do Brasil,
numa ação conjunta do Governo da Bahia, através da Bahiatursa e
Secretaria de Turismo, Governo do Pará e Governo Federal, através do
MAPA e CEPLAC e entidades de ambos os estados, capitaneadas pelo
Instituto Biofábrica de Cacau e APC – Associação dos Produtores de
Cacau. A comitiva de mais de 50 produtores, representantes de
instituições e autoridades, esteve em Paris durante cinco dias
promovendo o destino “Brasil” como grande produtor de Cacau e Chocolate
de Origem e realizando negócios, como a venda de amêndoas de cacau fino e
de chocolate. Também foram definidas uma série de ações e um
planejamento estratégico para os próximos quatro anos, como a realização
de eventos para promover o cacau brasileiro. "A participação do Brasil
no Salon du Chocolat permite mais visibilidade aos produtores do mercado
do cacau fino e de chocolate com alto teor de cacau, além de ser um
ambiente propício para negócios e muita aprendizagem", destaca Marco
Lessa, coordenador do projeto.
O cacau brasileiro é conhecido por seu sabor e por ser um dos melhores
do mundo, graças a sua qualidade, diversidade e dos diferentes biomas
onde é cultivado (Mata Atlântica e Floresta Amazônica). "A vinda dos
produtores serve principalmente para ver o que esta sendo feito no
mercado", diz César De Mendes, da Amazônica Cacau. "Queremos ver
embalagens, as tendências, conhecer novos chocolatiers, isso nos ajuda a
desenvolver esse novo hábito alimentar mais saudável no Brasil, que é
um chocolate rico em cacau, como menos açúcar, como os europeus são
acostumados a consumir", afirma. Os chocolates brasileiros vendidos no
espaço Cacau do Brasil fizeram um grande sucesso com os franceses:
bombons de nibs (cacau torrado), castanha-do-Pará coberta de chocolate
70% ou mesmo tabletes. Essa venda experimental mostra a aprovação aos
produtos brasileiros, e desperta o interesse de milhares de franceses em
conhecer onde a matéria prima é produzida, promovendo uma experiência
exclusiva. "O nosso objetivo é agregar valor ao chocolate, que apesar da
vassoura-de-bruxa, que muito prejudicou o cultivo do cacau nos anos 80,
está nos ajudando a nos reerguer e queremos muito mostrar ao Brasil e
ao mundo o nosso potencial", observa Henrique Almeida, diretor da
Biofábrica e da Sagarana Chocolate.
Marco Lessa lembra ainda que esse trabalho contínuo tem dado ótimos
resultados, com marcas baianas se destacando com estandes próprios, como
o caso da Mendoá, marca de Ilhéus, que vendeu – e muito bem, chocolate
100% baiano diretamente ao público francês pela primeira vez. O Salon du
Chocolat, que completou 20 anos, reuniu mais de 400 expositores vindos
do mundo inteiro, levando ao Expo Versalhes Centro de Exposição mais de
100 mil europeus, que viram chocolate de diversos países, mas se
encantaram com a estrutura e conteúdo do espaço Cacau do Brasil,
despertando total interesse em conhecer nosso chocolate e nosso cacau,
principalmente na sua origem, desde o plantio até o chocolate,
conhecendo a nossa cultura e se deslumbrando com as nossas belezas
naturais.
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