Foto: Reprodução
O ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA, Edward Snowden
Edward Snowden, vencedor do Right Livelihood Award, conhecido
como “Nobel alternativo”, pediu que a Organização das Nações Unidas
(ONU) proponha novas medidas para proteger a privacidade individual e os
direitos humanos. Durante cerimônia de entrega do prêmio no Parlamento
da Suécia nesta segunda-feira, o ex-analista da Agência de Segurança
Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) falou por meio de um vídeo
online. O prêmio reconhece “o trabalho de tantas pessoas, não apenas nos
últimos anos”, mas em décadas, afirmou Snowden. Ele disse que só podia
aceitar a premiação coletivamente. O ex-analista compartilhou a honra
com o editor do jornal The Guardian, que publicou uma série de artigos
sobre vigilância realizada pelo governo americano baseado em documentos
entregues por Snowden. O montante de US$ 210 mil do prêmio foi dividido
com os ativistas de direitos humanos paquistaneses Asma Jahangir e Basil
Fernando e com o comissário de Direitos Humanos da Ásia e ambientalista
americano Bill McKibben. Snowden, que permanece exilado na Rússia após
vazar documentos da NSA para jornalistas em 2013 e enfrentar acusações
do governo americano que poderiam levá-lo a 30 anos de prisão. Ele disse
que não se arrepende de sua ações. “Há coisas que não devem mudar em
breve, mas valeu a pena”, afirmou. “Todos os preços que pagamos, todos
os sacrifícios que fizemos, eu acredito que nós faríamos de novo”,
acrescentou. POLITICA LIVRE
Associated Press
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