MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Idosos têm dificuldades para pagar as contas por causa da greve nos bancos


por
Amanda Sant'Anna
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O segundo dia de greve dos bancários já começa a trazer reflexos negativos para a população baiana. Em diversas agências da cidade, além das enormes filas faltam envelopes e até dinheiro nos caixas eletrônicos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, a greve permanecerá por tempo indeterminado já que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se opõe a convidar a categoria a uma rodada de negociações.
A greve que resultou no fechamento de 307 agências na Bahia, sendo 158 apenas em Salvador, já traz um enorme transtorno aos baianos que dependem dos serviços dos bancos, mesmo com a legislação em vigor que prevê 30% para compensação bancária em atividade.
Na agência do Banco do Brasil, no Comércio, um enorme caos se prolongou durante toda a manhã de ontem (01). Enormes filas formadas e clientes exaltados reclamavam do tempo de espera para sacar dinheiro.
“15 minutos para esperar a reposição de dinheiro. Não tem um envelope para realizar depósito e dos mais de cinquentas caixas eletrônicos, acredito que nem vinte estejam funcionando. Olha aí o que a greve faz com a gente”, gritou um cliente no qual não quis ser identificado.
Entre as saídas para os baianos estão à disponibilidade nos autoatendimentos em diversas unidades da capital baiana, mobile banking (banco no celular), operações por telefone e correspondentes, como casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Os caixas eletrônicos aceitam depósitos, pagamento de boletos a vencer, pagamento de conta consumo, saque com cartão, consulta ao saldo e pagamento de impostos e taxas. Os correspondentes bancários aceitam a maioria dos serviços incluindo depósitos, pagamento de boletos e saque com cartão.
Uma dessas soluções foi utilizada pelo motorista, Josué Matias, que sempre recorre ao caixa eletrônico do Banco Bradesco para a realização dos pagamentos.
“A greve ainda não me afetou, porém atrapalha quando necessito de transações que envolvam a gerência do Banco. Espero que a greve seja breve e que não nos traga tantos transtornos como ocorreu na última”.
Já para a aposentada, Ilda Lima, que foi até a agência do Banco do Brasil sacar sua aposentadoria, em período de greve é “esperado sempre pelo pior”, por conta de pagamentos.
“A gente consegue se resolver com pequenos serviços como os saques e pagamentos pelo débito automático, mas, quando o dinheiro acaba, como fica?”, indagou, desejando ainda que “a greve se resolva da melhor maneira e o mais rápido possível, agilizando a vida de todos”.
No segundo dia da greve, o sindicato marcou presença nas portas de diversas agências bancárias, colocou carros de sons e até distribuíram informativos.
“É importante que a população compreenda que a responsabilidade por essa greve é dos bancos e não dos bancários que estão dispostos a negociar. Infelizmente a Fenaban não nos convidou para nenhuma rodada de negociação e sem isso não tem como acabar a greve, pois a proposta que ele apresentou na mesa é muito insuficiente diante da lucratividade obtida pelo setor, além da proposta não tratar das questões relacionadas à melhoria das condições de trabalho. Com isso a greve continua por tempo indeterminado”, contou o presidente do Sindicato.
Vasconcelos disse ainda que, como a greve é gradativa, algumas agências permanecerão abertas nos próximos dias.
“Porém, se a Fenaban não se pronunciar o mais breve a situação pode se agravar. Nós não temos interesse em fazer uma greve longa, agora isso depende da Fenaban em nos apresentar a proposta para que possamos ter uma saída negociada, com a palavra aos bancos”, concluiu.
Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou ter confiança na manutenção das negociações para um desfecho da convenção coletiva 2014/2015.

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