MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Goiás registra primeiro caso de Mormo desde a década de 60


Uma égua contaminada teve de ser sacrificada hoje, já que não existe cura para a doença. Até então Goiás era considerado área livre
 
 
Kamylla Rodrigues
Uma égua da raça manga-larga machador foi sacrificada por volta das 10h desta sexta-feira (31), em Goiânia, após ter sido diagnosticada com mormo, uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria e que pode ser transmitida para outros animais e para o homem. Segundo o fiscal federal agropecuário Wendell Amaral, não havia registro da doença no Estado desde 1960.
O animal contaminado estava na sede da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), na Capital. De acordo com o fiscal, a égua participaria de uma prova de marcha em Minas Gerais e para o transporte interestadual foi necessário fazer o exame, que deu positivo. “O animal foi isolado. Depois do diagnóstico, todos os bichos que estão no local vão passar por dois exames, sendo um de imediato e outro em cerca de 30 dias. Caso os testes de todos os animas resultem negativo para a doença, o parque será desinterditado e em seis meses podemos requerer o status de área livre de novo. Já se um dos equinos estiver infectado, os testes terão de ser reiniciados”, completou. O laudo do primeiro exame sai dentro de uma semana.
O animal é de Pernambuco e já participou de provas em São Paulo e Minas Gerais, “por isso não há como saber onde a égua teria contraído a doença”. O mormo é causado por uma bactéria transmitida por secreções do animal doente, como urina, fezes e secreção nasal. Dentre os sintomas nos cavalos estão febre, emagrecimento e pneumonia. Não existe cura para a doença e pra evitar a propagação para outros equinos, o animal infectado tem de ser sacrificado.
Wendell informou que não havia registro da doença em Goiás desde 1960 e que pode ser transmitida para o homem. “Não há ainda casos em que o humano foi infectado com a secreção do animal. Há registro de que a pessoa tenha contraído ao fazer a manipulação da bactéria”, disse. Para os humanos há cura por meio de medicamentos, segundo ele.
O fiscal também disse que não existe laboratório em Goiás que realize o teste de mormo. O local mais próximo é Brasília. Ele disse ainda que um laboratório da Agrodefesa de Goiânia está em processo de credenciamento junto ao Ministério da Agricultura para que possa começar a fazer os exames. “Creio que com esse caso, esse processo seja agilizado”, disse.

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