Os bancários fazem, na tarde de hoje (2), uma ato em frente ao
prédio do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, região central de São
Paulo, contra a independência do BC. Ao mesmo tempo, atos ocorrem em
frente às filiais do BC no Rio de Janeiro, em Curitiba, Belo Horizonte,
Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e na sede em Brasília. De acordo com a
presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região,
Juvandia Moreira, a categoria é contra a independência do BC, porque
isso significaria entregar decisões importantes como a inflação, moeda e
taxa de juros ao mercado e aos bancos. “Questões que têm grande impacto
no emprego e na vida da população e não podem estar nas mãos de apenas
um setor da sociedade”, disse. Os bancários entraram ontem (1º) em greve
e segundo o balanço divulgado pelo sindicato, 571 locais de trabalho
(sendo 12 centros administrativos, duas contingências e 557 agências)
fecharam hoje. A estimativa é que cerca de 35 mil trabalhadores
participam das paralisações. Durante todo o período de greve, o
autoatendimento continua funcionando normalmente. “A paralisação ganhou a
adesão de um importante setor estratégico que é o call center. A greve
só vai acabar quando os bancos apresentarem uma proposta que contemple
aumento real, valorização nos pisos e soluções para questões de saúde e
condições de trabalho. Aguardamos uma resposta da Fenaban”, explicou. A
categoria esteve reunida com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban)
por oito vezes, mas não chegou a um acordo. Os bancários reivindicam
índice de 12,5% (aumento real de 5,8%) e os bancos propõem 7,35% (ganho
real de 0,94%). A Febraban não soube informar se há outra reunião
agendada e informou que a população tem a disposição uma série de canais
alternativos para transações financeiras. “Os bancos oferecem aos
clientes opções como os caixas eletrônicos, a internet banking, o
aplicativo do banco no celular [mobile banking], operações bancárias por
telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas,
agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos
comerciais credenciados”, ressaltou a entidade.
Flávia Albuquerque, Agência Brasil /// POLITICA LIVRE
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