Samuel Costa/Hoje em Dia
Marcos Pestana alega que “teve material de campanha, enviado por mala direta
Nessa quarta, em ato de campanha em Mogi das Cruzes, São Paulo, Aécio Neves também comentou o assunto. “É absolutamente grave, estarrecedor o que nós estamos assistindo nessa campanha, agora no meu Estado, Minas Gerais. Depois das denúncias, feitas por uma liderança do PT, de que os Correios estavam privilegiando a candidata oficial, agora recebemos denúncias nessas últimas 24 horas de que os Correios em Minas Gerais, durante toda a campanha, não cumpriram com a sua responsabilidade. Cometeram um crime. E não enviaram as correspondências da nossa campanha. Seja do nosso candidato Pimenta da Veiga, seja da nossa candidatura presidencial”.
Aécio afirmou que entrará na Justiça, “responsabilizando criminalmente” o ministro das Comunicações, o presidente dos Correios e superintendentes envolvidos.
Nesta terça-feira o Jornal “O Estado de S. Paulo” divulgou um vídeo no qual o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirma que a presidente Dilma Rousseff chegou aos 40% nas pesquisas de intenção de voto em Minas porque “tem dedo forte dos petistas dos Correios”. A afirmação do deputado aparece em vídeo gravado durante uma reunião realizada em Belo Horizonte, no dia 25 de setembro, com os dirigentes e funcionários dos Correios. O presidente da empresa, Wagner Pinheiro, também participou do encontro.
O líder da bancada do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), que é aliado da candidata Marina Silva (PSB), também entrou com representação no Ministério Público Federal questionando o uso do Correios pela campanha da presidente Dilma Rousseff.
Nessa quarta, Marina Silva disse que o caso é reflexo da reeleição, que seria “uma chaga neste País”. Marina disse que a reeleição começou “de forma errada”, em alusão ao escândalo de compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Resposta
O deputado Durval Ângelo (PT) se defendeu e disse que a reunião com os funcionários do Correios foi regular, realizada fora do horário de trabalho, no Comitê Central do candidato a governador de Minas Fernando Pimentel (PT). Segundo ele, não houve uso da estrutura do Correios para beneficiar nenhum concorrente. “O servidor publico não é proibido de ter militância nem filiação partidária”, destacou.
Em entrevista coletiva nessa quarta-feira, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff classificou as denúncias, levantadas a partir da matéria do Jornal “Estado de S. Paulo”, como “um absurdo” e fruto da disputa eleitoral.
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