MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 27 de setembro de 2014

Epidemia de dengue afeta aulas em escolas de Cruzeiro do Sul


Em escola, 6 professores e 20% dos alunos estão com suspeita de dengue.
'Comecei a sangrar pelo nariz', diz aluna vítima de dengue hemorrágica.

Genival Moura DO G1 AC
Em escola do município, estudantes com suspeita da doença não estão indo para aula (Foto: Genival Moura/G1)Em escola do município, estudantes com suspeita da doença não estão indo para aula (Foto: Genival Moura/G1)
A epidemia de dengue que atinge o município de Cruzeiro do Sul, na região oeste do Acre, começa a afetar o andamento das aulas em algumas escolas públicas. As instituições recebem diariamente dezenas de atestados médicos de alunos com suspeita da doença que precisam de internações ou repouso em casa. Os gestores das instituições de ensino estudam maneiras de revisar os conteúdos e evitar prejuízos para os estudantes.
A escola estadual de ensino médio, Craveiro Costa, localizada entre os bairros Remanso e Telégrafo, uma das áreas com maior foco de dengue, está com mais de 20% de seus 1.040 alunos de atestado médico, segundo a direção. Além dos estudantes, muitos professores e funcionários de apoio também estão infectados pela doença, agravando ainda mais o andamento das aulas.
“Atualmente estamos com seis professores de atestado médico e mais de 20% dos alunos. Diariamente eles reclamam de sintomas de dengue e alguns até ficam debilitados chegando ao ponto de desmaiar. Com frequência temos que acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para fazer atendimentos aqui na escola e encaminhá-los às unidades de saúde".
A escola busca medida para diminuir os prejuízos. "Vamos conversar com os professores e encontrar uma forma de minimizar os prejuízos para os estudantes. Para suprir a falta dos docentes, nós convocamos aqueles que estão de folga porque as aulas não podem parar”, explica Flávio Rosas da Silva, diretor da escola Craveiro Costa.
Eduarda Mora Pinheiro, de 16 anos, é aluna do segundo ano da Escola Craveiro Costa. Contraiu dengue hemorrágica, uma forma mais grave da doença e está há duas semanas sem frequentar as aulas.
“Eu estava me hidratando em casa quando comecei a sangrar pelo nariz e pela boca, minha mãe me levou rapidamente ao hospital onde foi diagnosticada a dengue hemorrágica, já tive alta e estou bem melhor, mas tenho que passar mais oito dias sem ir para a escola”, explica a estudante que mora no Bairro Cruzeirão.
Na escola de ensino fundamental Maria Lima de Souza, no bairro da Cobal, faltam em média mais de 40 alunos por dia depois que a doença virou epidemia na cidade.
“Aqueles que não apresentam atestado médico a gente faz a visita domiciliar, em muitos casos além do estudante, encontramos até cinco pessoas na mesma família com dengue. A situação vem se agravando cada vez mais e estamos mudando os nossos planejamentos deste bimestre para tentar contornar a situação e fazer com que os nossos alunos não sejam tão prejudicados”, explica a coordenadora pedagógica, Térdia Maria Maia de Oliveira.
Quase 10 mil notificações de dengue
Com uma população de pouco mais de 80 mil habitantes, o município de Cruzeiro do Sul nunca havia registrado nenhum caso da doença, até fevereiro deste ano. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, mais de 9,5 mil casos de dengue já foram notificados este ano, e 3,2 mil confirmados.

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