André Brant/Hoje em Dia
Pimentel participou de encontro do PT, neste sábado, no Minascentro
Confira as notas na íntegra:
Nota do PSDB-MG
O evento realizado pelo PT ontem em Minas, sob o pretexto de lançar de novo a candidatura do ex-ministro Fernando Pimentel, ao governo estadual, repete o desrespeito e o desconhecimento que o partido tem sobre os assuntos de Minas. O partido recorre de novo a mentiras e foge das explicações que deve aos mineiros.
Criticam a construção da Cidade Administrativa, obra responsável pelo desenvolvimento de todo o Vetor Norte da Região Metropolitana. Obra feita no prazo e no custo previsto, façanha que, em 12 anos o governo federal petista, não conseguiu realizar com nenhuma das promessas que fez para o estado, como a expansão do metrô de Belo Horizonte e a duplicação da rodovia BR 381.
Eles ignoram que, nas sucessivas gestões do PSDB, entre 2003 e 2014, foram realizadas obras e transformações que chamam a atenção de todo o país. Para ficar em apenas alguns poucos exemplos, foram asfaltados os acessos a mais de 200 municípios que não tinham esse benefício, e o telefone celular chegou à sede de mais de 400 cidades onde não havia o serviço. O próprio governo federal reconhece que Minas tem a melhor educação fundamental do país e o melhor sistema de saúde púbica da região Sudeste. O IDH de Minas passou de médio para alto.
A comitiva presidencial poderia ter conhecido um pouco do trabalho do PSDB no estado, como a MG 050 duplicada, a nova avenida Antônio Carlos ou o maior conjunto cultural do país instalado na praça da Liberdade.
No mais, os petistas fogem do acerto de contas com os mineiros. Poderiam ter aproveitado para responder a três simples questões.
1. Presidente Lula, o senhor declarou em 2003 que o metrô de BH, que é de responsabilidade federal, seria prioridade. Doze anos depois, nenhum metro foi feito. Para ajudar o governo federal, o governo do Estado fez os projetos. Com os projetos prontos, o governo federal encontra outra desculpa pra não fazer as obras. Presidente, por que o senhor não cumpriu a sua palavra?
2. Presidente Dilma, quando o presidente Lula editou a Medida Provisória que tirou a nova fábrica da Fiat de Minas, levando-a para Pernambuco, deixando o estado sem milhares de empregos de qualidade, a senhora ficou calada. Quando o Congresso Nacional aprovou Projeto de Lei dando os mesmos benefícios oferecidos a Pernambuco aos municípios mineiros da Sudene, a senhora pessoalmente vetou. O PAC das cidades históricas, que a senhora lançou pela quarta vez no ano passado e que foi inclusive motivo de piada por todo o país, mais uma vez não saiu do papel. As promessas feitas em 2010 aos mineiros não foram cumpridas. Por que a senhora governa o país de costas para Minas?
3. Ex-ministro Pimentel, o senhor estava no ministério e nenhum assunto relevante de Minas foi resolvido. O senhor escandalizou o Brasil ao decretar sigilo sobre os incentivos concedidos pelo Brasil a Cuba. Por quê?
A presidente Dilma voltou a minas e, mais uma vez, zomba da inteligência e da maioria dos mineiros.
Nota do Governo de Minas
A propósito de declarações feitas pelo ex-ministro Fernando Pimentel durante evento realizado em Belo Horizonte nesta sexta-feira (30/05/2014), o Governo do Estado de Minas Gerais esclarece:
1. Não é verdadeira a referência, feita pelo ex-ministro, ao metrô de Belo Horizonte. Primeiramente, é importante esclarecer que a obra do metrô da capital é de inteira responsabilidade do Governo Federal, sendo que a última ampliação ocorreu ainda durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos últimos anos, sob a gestão petista, a obra esteve completamente paralisada, comprometendo significativamente a mobilidade urbana na terceira maior região metropolitana do país.
Importante ressaltar que, neste período, o Governo do Estado de Minas Gerais ofereceu-se para colaborar, fazendo vários esforços para sensibilizar o Governo Federal no sentido de retomar as obras. Em 2008, por exemplo, o então governador Aécio Neves apresentou ao Governo Federal uma proposta para ampliação do metrô por meio de parceria público-privada, que foi ignorada. Apenas em abril de 2012 (portanto, quatro anos depois), o Governo Federal concordou com a colaboração do Estado, que desde então assumiu a responsabilidade de coordenar a elaboração dos projetos de engenharia.
O convênio para liberação dos recursos para elaboração dos projetos, entretanto, só foi assinado pelo Governo Federal um ano depois, em abril de 2013. Os projetos de engenharia foram concluídos em abril – ou seja, em apenas 12 meses, o que representa prazo recorde para projetos de tal complexidade – e entregues ao Governo Federal neste mês de maio. Portanto, o Governo do Estado está rigorosamente em dia com as obrigações assumidas.
Cabe esclarecer, ainda, que Caixa Econômica Federal solicitou ao Governo de Minas detalhamento de 10% dos 10 itens e 366 subitens que compõem os orçamentos apresentados, o que é normal em processos de tamanha complexidade e com valor tão expressivo (R$ 2,6 bilhões). Esses detalhamentos estão sendo providenciados e serão apresentados à instituição como informações complementares. Os projetos de engenharia da linha 3 do metrô consistem em um conjunto de mais de 10 mil páginas e foram entregues à Caixa Econômica Federal em mídia digital. Ao contrário do que chegou a ser incorretamente divulgado na imprensa, os projetos de engenharia, portanto, não foram devolvidos, nem, muito menos, rejeitados. Eles continuam sob análise da Caixa Econômica Federal.
2. Também não são verdadeiras as declarações feitas pelo ex-ministro sobre a situação da BR-381. Assim como no caso do metrô, a obra de duplicação da BR-381 sempre foi e continua sendo de responsabilidade do Governo Federal. A realização desta obra, que representa um pleito histórico da população mineira, vem sendo prometida pelo Governo Federal desde 2003.
O ex-ministro demonstra desconhecer que, de um total de 920 quilômetros – trecho da BR-381 compreendido em território mineiro – cerca de 467 quilômetros foram duplicados entre os anos de 1994 e 2002, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A duplicação dos 453 quilômetros restantes tornou-se, desde 2003, promessa – não cumprida – da atual gestão do Governo Federal.
Em 2010 – ano em que foi realizada a eleição presidencial – o Governo Federal voltou a assumir o compromisso de promover as obras de duplicação da rodovia. Desde então, nenhum quilômetro, sequer, foi duplicado. Além disso, considerando que o prazo mínimo de conclusão das obras – previsto nos contratos de licitação – é de pelo menos dois anos, já é possível afirmar que as reformas na BR-381 não serão entregues até o término da atual gestão federal, contrariando as sucessivas promessas de campanha já apresentadas.
Atenciosamente,
Superintendência Central de Imprensa do Governo do Estado de Minas Gerais
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