MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Felipão "abre guerra" e aumenta número de polêmicas no ano


Portal Terra
Se o técnico Luiz Felipe Scolari iniciou a Copa do Mundo cordial e elogiando adversários, essa postura parece ter mudado de uma semana para cá. As declarações fortes dadas após a partida diante do Chile, mostra que o treinador abriu guerra contra adversários neste Mundial, incluindo jornalistas estrangeiros. A atitude de Felipão aumenta mais o número de polêmicas que ele tem enfrentado neste ano de Mundial.
Tudo começou por mais um questionamento sobre a possível influência a favor do Brasil das arbitragens por jogar em solo nacional. Felipão esperou passar toda a pressão chilena, para então disparar fortemente. "Estava conversando com a comissão que estamos sendo muito cordiais, muito educados com os adversários. É hora de mudar o discurso. A gente não precisa ser apedrejado por treinadores e jornalistas estrangeiros. Vou voltar ao meu estilo. Certo? Não sei se você conhece o meu estilo", disse Felipão a um repórter internacional.
"Meu estilo é um pouco agressivo. Não aguento mais a educação. A atmosfera do banco foi tenso. O adversário era só reclamação ao quarto árbitro, quase houve invasão do nosso lado, uma guerra. Depois nos cumprimentamos e acabou o assunto", recordou o comandante da Seleção, para depois divagar sobre a importância do futebol no Brasil. "Podemos mudar algumas coisas no futuro".
Na mesma entrevista, Felipão que até aquele momento estava tranquilo com relação à arbitragem, criticou a postura dos homens do apito. "Estamos um pouco apreensivos com o que está acontecendo. Tudo que acontece é aSeleção Brasileira. Estamos vendo que os árbitros estão meio reticentes com o Brasil. Se vamos ser campeões, não sei. Se não querem, tudo bem. Mas a arbitragem tem de ser igual para todo mundo".
O treinador já vinha dando sinais de que essa cordialidade com os rivais e com a imprensa iria ser parte do passado em muito breve. Após escutar insinuações do técnico Louis Van Gaal, que reclamou que o Brasil jogaria mais tarde que a Holanda na última rodada da fase de grupos do Mundial e poderia escolher adversário nas oitavas de final, Felipão perdeu a compostura.
"Primeiro tenho que pensar em ganhar amanhã (contra Camarões). Quero falar isso, porque alguns se manifestam dizendo de escolher o resultado, ou são burras ou mal intencionadas, se perdemos não classificamos.  A gente não vai escolher adversário. A Fifa que escolheu as datas e os horários. Parem de endeusar A, B ou C. Porque são contrários a nós".
Depois do duelo contra Camarões foi a vez de disparar contra emissoras de TV que fazem leitura labial do que é dito por ele em campo. Nesta Copa do Mundo, isso já foi feito tanto pela Rede Globo, no quadro Jogo Falado, do Fantástico, como pelos comentaristas da ESPN Brasil durante a transmissão da partida contra Camarões.
"Não saímos toda as vezes com a bola longa. Tivemos um problema. O Oscar juntou-se aos atacantes. Quem tinha que buscar a bola era o Oscar e o Hulk. Durante o jogo ninguém escuta ninguém. Aliás, só uma ou outra televisão que quer ouvir o que a gente está falando com os jogadores, que eu acho uma grande palhaçada porque nós não temos mais nem a liberdade de nos expressar no banco. É uma frescura total".
No ano, briga com espanhóis
Antes da Copa do Mundo, Felipão acumulou duas polêmicas envolvendo a seleção espanhola. Indignado por conta das críticas que ouvia desde o título da Copa das Confederações, o treinador alfinetou a postura dos espanhóis em relação ao Mundial, em um evento realizado em fevereiro deste ano. "Tem gente que ganhou só uma Copa e já está achando que é maior. Imagine nós, que conquistamos cinco?".
O técnico também viveu um imbróglio, que se arrasta desde o final de 2013, por conta da escolha de Diego Costa em jogar pela seleção espanhola. Na época da opção do atacante, Felipão declarou que ele virava as costas para um sonho de milhões. "Um jogador brasileiro que se recusa a vestir a camisa da Seleção Brasileira e a disputar uma Copa do Mundo no seu país só pode estar automaticamente desconvocado. Ele está dando as costas para um sonho de milhões, o de representar a nossa seleção pentacampeã em uma Copa do Mundo no Brasil".
Antes do início da Copa, o assunto voltou à tona com uma entrevista do pai do atacante, em que acusou Felipão de ser traidor. "Ele não podia dizer que o Diego traiu o povo brasileiro. Quem traiu o povo foi o Felipão, que fez mais três convocações depois da Copa das Confederações e não o chamou", disse José Dias Costas, à TV Bandeirantes. "O Felipão traiu o povo brasileiro quando foi dirigir a seleção de Portugal e nos abandonou". O treinador preferiu não responder o pai do centroavante.
Na carreira, guerra contra rivais é comum
Declarar guerra contra adversários não é uma novidade na carreira de Felipão. Em 2000, um dia depois de uma derrota do Palmeiras para o Corinthians, por 4 a 3, o treinador foi visto falando forte com seus companheiros e sugeriu que seus jogadores dessem pontapés no atacante Edilson, que defendia o time de Parque São Jorge na ocasião.
“Onde é que está a malandragem de vocês? Não aprenderam nada na vida? Tu sabes que ele é malandro, esperto e tal, mas é covarde, cafajeste. Eu tenho um time já rodado, experiente, mas que na hora do bem bom não sabe dar um pontapé, não sabe dar cascudo ou irritar o cara. Na bola que tem que dividir, vai dividir bem. Mas tu não vai procurar dar uma porrada”, disse o treinador, que continuou.“Vocês iam ser os heróis de um País todo. Sair de um 3 a 1 para um 3 a 3, nossa senhora! Eles iam sair arrasados. Quero ver vocês não falarem, mas sentirem raiva do jogo de terça. Comer a orelha do cara! Precisa ter raiva dessa p... de Corinthians!”, completou.
Em 2007, em uma partida das Eliminatórias para a Eurocopa do ano seguinte, Scolari protagonizou uma cena que ficou marcada na sua carreira, ao desferir um soco no sérvio Dragutinovic durante briga entre membros da seleção portuguesa, da qual era comandante, e da Sérvia.

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