MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 1 de junho de 2014

Agência estatal banca ingressos para Copa de 2,3 mil investidores VIPs


Governo espera fechar mais de US$ 3 bi em negócios com estrangeiros.
Apex-Brasil dividirá gastos das viagens com parceiros locais.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo
1ª fase o projeto trouxe 903 estrangeiros para a Copa das Confederações (Foto: Divulgação)1ª fase o projeto trouxe 903 estrangeiros para a
Copa das Confederações (Foto: Divulgação)
O governo brasileiro quer aproveitar os jogos da Copa do Mundo para atrair novos compradores e investidores, visando estimular as exportações do país. Ao todo serão 2,3 mil convidados de honra de 104 países, entre executivos e formadores de opinião. Os torcedores VIPs serão trazidos por empresários brasileiros, por meio da Apex-Brasil, agência vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

“É uma ótima oportunidade para vender o Brasil. Queremos que os convidados conheçam as nossas empresas, visitem o país, participem de uma experiência única e saiam daqui impressionados”, afirma Jacy Braga, gerente de Marketing de Relacionamento da Apex-Brasil.
A agência estatal, que é uma das patrocinadoras da Copa, bancará a hospedagem e os ingressos dos jogos. Já a passagem, a recepção e a agenda de negócios estão sendo patrocinadas pelos parceiros locais. Estão previstas mais de 800 agendas de negócios com os convidados, nos dias anteriores e posteriores aos jogos, incluindo palestras e seminários, visitas a fábricas, fazendas e laboratórios.

A lista de convidados foi definida em parceria com mais de 700 empresas brasileiras e entidades setoriais. “Das participantes, 11% são do setor de tecnologia, 16% de máquina e máquinas,  25% de construção civil e material de construção e 14% são microempresas”, explica Braga. “A maioria dos convidados são da América Latina e Estados Unidos, mas não há um mercado prioritário”, diz o gerente da Apex.
Segundo ele, entre as empresas que estão trazendo delegações de compradores estão Bauducco, Grendene, Fanem, Marcopolo, Vicunha, Tramontina e Mormai.
A primeira fase do "Projeto Copa" ocorreu no ano passado, durante a Copa das Confederações, quando o país recebeu 903 empresários de mais de 70 países. Segundo a Apex-Brasil, os negócios fechados alcançaram US$ 3 bilhões entre exportações e investimentos atraídos ao país em um período de 12 meses.
"Nossa projeção agora é superar os US$ 3 bilhões", diz Braga.
Brasil além do futebol
Foram selecionados 12 jogos nas cidades de São Paulo, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro para levar os estrangeiros, incluindo a abertura e a final. Em cada uma dessas partidas, estarão nas arquibancadas entre 10 e 200 convidados VIPs.

Como uma das patrocinadoras oficiais da Fifa na Copa, a Apex-Brasil garantiu, além de uma cota de ingressos e espaço para montar tendas nos acessos ao estádio, o uso da sua marca nas competições. A agência vai usar nos LEDs dos estádios e em campanhas institucionais a marca "Brasil Beyond Football" para mostrar que o país vai além de futebol e dos estereótipos.
Segundo a Apex-Brasil, cláusulas contratuais impedem a divulgação do valor da cota de patrocínio.
Brasil acumula déficit na balança comercial
A investida do governo brasileiro acontece num momento em que a balança comercial acumula déficit, quando as importações crescem mais que as exportações. No acumulado do ano até abril, a balança registra déficit de US$ 5,56 bilhões. Em igual período do ano passado, o saldo ficou deficitário em US$ 6,145 bilhões.
A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central, é de pequena melhora do saldo comercial, com um superávit (quando as exportações são maiores que as importações) de US$ 3,02 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior. O Brasil registrou em 2013 um superávit de US$ 2,56 bilhões em 2013, o pior resultado desde 2000.

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