O principal articulador da chapa oposicionista ao governo petista participou, nesta manhã, da convenção do Partido Verde na Bahia, que oficializou o apoio ao candidato oposicionista Paulo Souto (DEM).
Antes, Neto conversou com a reportagem do Bocão News e, questionado sobre uma possível demonstração de força na convenção do principal adversário de Souto no pleito, que apareceu na primeira pesquisa Ibope na terceira colocação com nove pontos percentuais, o gestor soteropolitano afirmou que nunca subestimou o adversário, mas o evento, considerado “artificial” por ele, poderia ser realizado por qualquer um.
“Bastava uma fotografia do espaço completo para comprovar que não passavam de três a quatro mil pessoas. Foi uma convenção feita com pessoas que foram para lá remuneradas e transportadas. Foi uma convenção que tentou ser forte, porque não teve a quantidade de pessoas que eles disseram. Tentou ser forte para um candidato que é fraco. Ali foi apenas um momento artificial que qualquer um de nós poderíamos fazer. Se de um lado não subestimamos o nosso adversário, do outro lado clarque montada artificialmente qualquer um pode fazer, mas nós não faremos porque entendemos que isso faz parte de uma política do passado e não é desta maneira que se ganha uma eleição”, afirmou o democrata.
Prefeito participou de convenção do PV em Salvador
Já no discurso para a plateia de verdes baianos, com a presença de Souto e dos candidatos à presidente da República pelo PV, Eduardo Jorge, e a candidata à vice, Célia Sacramento, também sua vice na prefeitura, Neto fez duras críticas ao PT baiano e ao governado do Estado, postura que até então não tinha adotado publicamente nos eventos políticos da chapa majoritária.
“Ninguém está aqui [no evento do PV] em troca de 50 ou 100 reais. Ontem lá tentaram dizer que haviam 20 mil pessoas, mas a quase maioria absoluta foi porque recebeu um agrado. Porque foram pagas para estar lá. O PT tenta reeditar a política do cabresto, da imposição. Eles não sabem mais o que é o debate democrático, eles perderam o bonde da história.
Governo Jaques Wagner
Com um timbre de voz mais exaltado, o prefeito de Salvador também fez duras críticas ao governo Wagner, postura que adotou pela primeira vez desde o início da pré-campanha eleitoral. “É uma vergonha o que estamos vendo hoje, querendo iludir o povo baiano com milhões e milhões de reais que estão sendo gastos em propaganda na TV, no rádio e no jornal, enquanto a Bahia precisa de tantas e tantas coisas. Eu fico me perguntando como alguém pode dormir em paz vendo tanta violência e criminalidade nesta cidade e neste estado, mas, no entanto, o dinheiro que deveria ser utilizado para combater a criminalidade e a violência está sendo jogado fora”, atacou.
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