Caminhões foram incendiados na Rodovia Fernão Dias.
Estudante foi morto por PM; soldado .
O estudante foi baleado por um policial militar no domingo (27). O soldado foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção), mas foi preso por determinação da Polícia Militar (PM). O advogado do soldado alega que o disparo foi acidental.
No domingo, moradores da região também protestaram, mas os atos terminaram em vandalismo: três ônibus foram incendiados e lojas depredadas.
Grupos também protestaram em ruas da Zona Norte. Lixeiras foram danificadas e objetos foram incendiados em vias da região, como a Avenida Edu Chaves. Com medo de saques, comerciantes fecharam as portas mais cedo nas imediações da Vila Medeiros.
As manifestações se intensificaram no fim da tarde, após o enterro do estudante. Depois de o grupo ter ateado fogo aos primeiros caminhões, a Polícia Militar chegou ao km 86 da Fernão, onde os manifestantes se concentravam.
Por volta das 19h20, um grupo de manifestantes dirigiu um caminhão-tanque pela rodovia, conforme mostrou o SPTV. A PM chegou a usar bombas de efeito moral e afastou os manifestantes do veículo, segundo a GloboNews.
A rodovia seguia bloqueada nesta noite. Segundo a concessionária AutoPista Fernão Dias, havia quatro quilômetros de retenção em direção a São Paulo, e outros quatro quilômetros no sentido Belo Horizonte.
Na pista Sul (sentido São Paulo), há lentidão do km 82 ao km 86. Na pista Norte (sentido Belo Horizonte), a lentidão está entre o km 90 e o km 86.
A concessionária Autopista montou desvios na altura do km 80 e 85 para quem trafega no sentido São Paulo. Os motoristas que seguem para Belo Horizonte devem acessar a Rodovia Presidente Dutra.
A manifestação também complicava o trânsito na capital: o motorista encontrava lentidão no sentido Rodovia Ayrton Senna da Marginal Tietê por volta das 19h45. No horário, havia lentidão por cerca de 7,5 km nas pistas expressa e local da via entre as pontes Casa Verde e Tatuapé. Na via central, eram 5,5 km de filas da Rua Cristina Tomas até a Ponte Jânio Quadros.
Policial detido
O policial militar Luciano Pinheiro, de 31 anos, preso por suspeita de matar Douglas Rodrigues, alega que o tiro que atingiu o estudante foi acidental. O policial militar havia sido "autuado em flagrante delito por homicídio culposo (quando não há a intenção)". Ele foi detido por determinação da corporação.
A família diz que o adolescente passava com o irmão de 12 anos em frente a um bar da Rua Bacurizinho, esquina com a Avenida Mendes da Rocha, quando um policial militar que chegou ao local para averiguar uma denúncia atirou.
Na noite de domingo, o incidente gerou um violento protesto por parte de moradores da Vila Medeiros, que incendiaram três ônibus, atiraram pedras em veículos e destruíram lixeiras e telefones públicos neste domingo.
A Força Tática da PM precisou recorrer a bombas de gás lacrimogêneo e a disparos de balas de borracha para dispersar os manifestantes. Duas agências bancárias da Avenida Roland Garros também foram danificadas, além de um carro da polícia apedrejado.
Caminhões pegam fogo na Rodovia Fernão Dias (Foto: Reprodução/TV Globo)
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