Desempregada e com 5 filhos, ela teve o benefício bloqueado há 5 meses.
Funcionários foram impedidos de entrar do Cras até negociação com ela.
Desempregada e com 5 filhos, Íris teve o benefício bloqueado há 5 meses (Foto: Marina Fontenele/G1)
Mãe de cinco filhos, desempregada e sem receber o Bolsa Família há
cinco meses, a dona de casa Íris dos Santos Almeida, 29 anos, resolveu
se acorrentar na porta de um Centro de Referência da Assistência Social
(Cras) localizado no bairro Coroa do Maio em Aracaju, em Sergipe.
A atitude, realizada na manhã desta segunda-feira (30), teve o objetivo
de pressionar os órgãos responsáveis para dar uma resposta sobre a
suspensão do benefício e pedir a liberação do saque do valor já
autorizado pelo programa.Os funcionários do Cras ficaram impedidos de entrar na unidade até que a coordenação conseguisse um acordo com a manifestante. De acordo com Iulná Almeida, coordenadora do Cras Benjamin Alves de Carvalho, as informações sobre essa família estão atualizadas e dependem de avaliação do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Íris mostra comprovantes de presença escolar dos filhos que têm menos de 13 anos
(Foto: Marina Fontenele/G1)
Diante da reivindicação de Íris, outros moradores da região também
resolveram cobrar respostas sobre a suspensão do pagamento do Bolsa
Família. Severino Leite da Silva, 44 anos, mora com a mãe e o
companheiro dele e reivindica a volta do benefício que foi suspenso para
ele há quatro anos. “Fiz o cadastro aqui no Cras, mas quando liga para
Brasília diz que não fui cadastrado. Não posso sair de casa para
trabalhar porque a minha mãe é doente e não dá para manter a casa com um
salário mínimo que ela recebe que mal dá para comprar os remédios para
ela”, argumenta Severino.(Foto: Marina Fontenele/G1)
Segundo Iulná, Severino não tem direito a receber a quantia porque o teto per capta do Bolsa Família é de R$ 140 e, para caso de extrema pobreza, é de R$ 70. “A mãe dele recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que equivale a um salário mínimo e mesmo se dividir esse valor para os três moradores da casa o valor continua maior que o previsto nas regras do programa”, afirma.
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