Atividades estão suspensas por indícios de pirâmide financeira.
Sistema é proibido no Brasil, de acordo com Ministério Público.
O empresário Célio José Tavares afirma que
investirá fora do país (Foto: Mônica Santos/G1)
O empresário de Ji-Paraná,
Célio José Tavares, de 46 anos, há seis meses investiu cerca de R$ 180
mil na empresa Telexfree. Quatro meses após o investimento a Justiça
determinou o bloqueio dos acessos ao escritório virtual e os pagamentos
dos investidores, sob a suspeita de atuação na forma do sistema pirâmide
financeira, ilegal no Brasil. Por isso, a fim de dar continuidade na
atividade, Célio afirma que investirá fora do país, onde a empresa,
segundo ele, atua sem problemas.investirá fora do país (Foto: Mônica Santos/G1)
Proprietário de uma vidraçaria, o empresário acredita que o risco do investimento feito na Telexfree é menor do que no próprio negócio. Para ele o retorno era garantido, devido ao trabalho de divulgação e cadastramento de novos investidores, mas que se sente prejudicado pela decisão judicial. “Quando fiz o investimento, eu sabia que se eu não trabalhasse, eu não ganharia nada. Minha renda no primeiro mês foi de R$ 20 mil entre postagens e cadastros, eu fiz compromissos confiando nisso. E aqueles que investiram e viviam da Telexfree hoje estão ai passando dificuldades, pois muitos compraram casas, carros e também fizeram compromissos. "E a juíza deixou de receber seu salário? Não”, indaga Célio.
Suspensão
Em Porto Velho, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), denúncias anônimas ao órgão deram conta de que divulgadores das empresas Telexfree e BBom estariam contrariando as decisões judiciais, que valem para todo o país, dando continuidade à publicidade do negócio e captação de novos investidores. Diante disto, um inquérito civil público será instaurado pelos Ministérios Público Federal e Estadual para apurar estas denúncias. Ambas as empresas tiveram bens bloqueados e as atividades suspensas por suspeita de atuação da forma do sistema pirâmide financeira, ilegal no Brasil.
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