Kremlin permitiu que ex-consultor procurado deixasse aeroporto de Moscou.
Casa Branca afirmou estar 'extremamente desapontada' com decisão russa.
Cópia
do documento provisório russo de Edward Snowden é mostrada nesta
quinta-feira (1º) por seu advogado, Anatoly Kucherena, em Moscou. O
ex-consultor americano recebeu os documentos e deixou a área de trânsito
do aeroporto onde estava retido desde 23/6. (Foto: AP/Russia24 via
APTN)
A Casa Branca disse nesta quinta-feira (1º) que está "extremamente
desapontada" com a decisão da Rússia de permitir que Edward Snowden
deixe o aeroporto de Moscou e ameaçou desmarcar um encontro de cúpula
entre os países.Segundo a Casa Branca, a ação da Rússia em relação a Snowden "mina uma longa tradição de cooperação no cumprimento da lei".
Com isso, o governo dos EUA afirmou que, "à luz dos últimos fatos" está reavaliando a utilidade" de um encontro de cúpula entre os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin, previsto para setembro. Os dois mandatários têm agendada uma reunião à margem da cúpula do G20, que acontecerá em São Petersburgo.
Conversações de alto nível agendadas para a próxima semana entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e seus equivalentes russos também estão "no ar", disse uma autoridade dos EUA à Reuters, falando sob condição de anonimato.
Destino de Snowden
Snowden, procurado pelas autoridades dos EUA por ter divulgado segredos sobre os sistemas de monitoramento de telecomunicações do governo, obteve asilo provisório na Rússia nesta quinta, após quarenta dias em um "limbo" no aeroporto.
Ainda não se sabe quais serão os seus próximos passos.
Em declaração por intermédio do WikiLeaks, Snowden agradeceu à Rússia pela decisão e criticou a maneira como o governo Obama vem tratando o seu caso.
"'Durante as oito últimas semanas vimos a administração Obama não demonstrar respeito algum pelas leis internacionais e nacionais, mas, no final das contas, a justiça ganhou. Agradeço à Rússia por ter me concedido o asilo, de acordo com suas leis e suas obrigações internacionais", disse Snowden.
O ex-consultor americano Edward Snowden (Foto: AFP)
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