Eles pedem abertura de negociações sobre ocupações urbanas.
Segundo advogada de movimento, expectativa é que prefeito se manifeste.
Integrantes de movimentos sociais e de ocupações urbanas estão na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (Foto: Pedro Ângelo/G1)
Manifestantes ocuparam, no início da tarde desta segunda-feira (29), a
sede da Prefeitura de Belo Horizonte. De acordo com o Executivo
Municipal, cerca de 50 pessoas estão concentradas no hall de entrada do
gabinete do prefeito Marcio Lacerda. De acordo com Larissa Pirchiner,
advogada das Brigadas Populares, além do movimento que representa, estão
presentes na prefeitura integrantes de ocupações urbanas, do Movimento
de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e da Assembleia Popular
Horizontal (APH) – este último que esteve por mais de uma semana na
Câmara Municipal. Segundo ela, cerca de 70 pessoas participam do ato.Larissa, que está do lado de fora do prédio, explica que os manifestantes “ocupam a prefeitura porque, em cinco anos de governo, o Lacerda nunca abriu a mesa de negociações com os moradores de ocupações”. Ela alega, ainda, que no início do mês, durante reunião com integrantes da Assembleia Popular Horizontal, o prefeito se comprometeu a marcar um encontro com moradores das ocupações. “Até o presente momento não marcou nenhuma reunião”, diz.
Conforme a advogada, a expectativa é que o prefeito se manifeste sobre a reivindicação. “[Os manifestantes] estão dispostos a ficar uma semana, duas semanas, o tempo que for necessário”, afirma.
Manifestantes também se concentram nas entradas do prédio (Foto: Pedro Ângelo/G1)
Ao todo, moradores de seis ocupações estão presentes na prefeitura:
Dandara, Eliana Silva, Camilo Torres, Irmã Dorothy, Vila Cafezal e Vila
Zilah Spósito. Moradora do Dandara e representante da Frente da
Juventude das Brigadas Populares, Luciana da Cruz Neves diz que a
ocupação da sede do Executivo municipal é realizda para tentar discutir
com a prefeitura questões como água, luz, esgoto e regularização de
endereços. “A gente dorme e acorda com a assombração do despejo, que a
qualquer hora pode chegar. A gente não tem nem condição de colocar as
crianças na escola”, acrescenta.No início da tarde, a prefeitura informou que uma comissão com representantes dos manifestantes seria recebida pelo secretário de Governo, Josué Valadão. Em nota, divulgada por volta das 15h10, a assessoria da administração municipal afirmou que o encontro foi realizado e que a prefeitura se comprometeu a fazer, no próximo dia 8, uma reunião, com a presença do prefeito Marcio Lacerda, para discutir temas relativos à política habitacional do município. Larissa Pirchiner argumenta que este encontro já estava agendado e que não contempla a pauta de reivindicações das ocupações urbanas.
Na área externa do prédio, o policiamento foi reforçado. Militares Tropa de Choque estão posicionados na Rua Goiás, em caráter preventivo, informou o policiamento no local. Segundo a prefeitura, por questões de segurança, foram suspensas a entrada e a saída no prédio.
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