Preço do algodão segue em direção contrária ao milho e à soja.
Pecuaristas reduzem o ingrediente na alimentação dos animais.
A arroba da pluma é hoje comercializada a R$ 67, em média, e o caroço custa cerca de 30% a mais do que na safra anterior, chegando a R$ 525 a tonelada.
Com a produção menor, a queda em relação à safra passada, deve chegar a 700 mil toneladas. Em todo o país, de acordo com a Conab, a produção de caroço de algodão deve cair 33% nesta safra.
Em 2012, só uma algodoeira comercializou cerca de 130 mil toneladas de caroço de algodão. A estimativa agora é de que até o final da safra, as vendas não ultrapassem 85 mil toneladas, mas apesar do volume reduzido, a lucratividade deve ser superior.
A alta do produto reflete no bolso do pecuarista. O algodão é matéria-prima para fabricação da torta, uma das principais fontes de proteína da alimentação do gado confinado.
Na fazenda de Fábio Neves, em Rondonópolis, sul de Mato Grosso, a tonelada de torta que custava R$ 250 em 2012, no início deste ano foi comprada a R$ 530 pelo criador. Diante desse aumento, a saída encontrada foi modificar a dieta dos animais e hoje a mistura que chega ao confinamento tem cinco vezes mais milho do que torta de algodão.
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