Pacientes precisam fazer testes mensalmente para controlar a doença.
Hospital Barros Barreto diz que novo aparelho está em fase de compra.
A falta do serviço atinge 164 pessoas na capital paraense. Entre elas, as crianças Giovana, 3 anos, e Murilo, 4 anos. “Todo mês eles têm que fazer exame para detectar o tipo de bactéria que eles têm para usar o medicamento adequado. Esse exame não está sendo feito nem nos adultos nem nas crianças”, diz Mara Caldas, dona de casa.
Sem os resultados dos exames mensais, os médicos não podem receitas os antibióticos necessários para tratar cada caso. Os esses antibióticos são dados gratuitamente pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), por meio da receita médica. Sem os exames, o resultado não pode ser conferido e o diagnóstico fica comprometido.
“Como a médica fala, ela dá um tiro no escuro. Se eu chego com ele ardendo em febre e tossindo, ela diz que tem que ter o exame. Mas ela passa o antibiótico, porque ela não vai deixar ele num estado para ser internado”, diz Marie Eliete Cordeiro, dona de casa.
A presidente da Associação dos Portadores de Fibrose Cística, Ana Carolina Camboim, denuncia que o quadro de saúde de alguns pacientes já está se agravando.
“Os pacientes estão perdendo parte do pulmão, que está todo furado porque não estão tendo tratamento correto. Precisamos que o hospital se responsabilize pelos portadores de fibrose cística, para que sejam feitos os exames e o controle de infecção. Que isso seja feito de forma correta o teste do suor, que é o exame que detecta a doença”, diz.
O diretor do Hospital Barros Barreto, Edurado Leite, reconhece a deficiência do hospital em relação aos exames e informa que já está em fase de licitação a compra de um aparelho novo para o teste do suor.
“Com isso nós vamos regularizar essa questão. Eles têm razão, o aparelho é antigo, por isso está sendo comprado novo. E há um atraso na entrega dos resultados e isso evidentemente traz um incômodo, mas o aparelho mesmo que antigo, ainda está servindo, enquanto o novo não chega”, diz.
Segundo o diretor, o hospital recebe cerca de 30 mil reais por ano do Governo Federal para o tratamento continuo que inclui os exames e médicos
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