Cátia Lima A TARDE
Para a arquiteta e urbanista Fernanda Fernandes, especialista em reabilitação urbana, a primeira coisa que deve ser feita é a aplicação coerente do estatuto da cidade.
"Aumento de arborização e paisagismo nos bairros populares, como Cajazeiras e Pernambués, seria uma das formas para melhorar a qualidade de vida em Salvador", diz.
O sociólogo e professor Luiz Lourenço, do Departamento de Sociologia da Ufba, espera que, em 2013, os soteropolitanos cobrem mais do poder público. "As pessoas não estão se comportando em um padrão que Salvador merece. Devemos ter mais cidadãos preparados para obter cidadania de uma forma mais plena", define.
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Turismo - Final de ano e Carnaval são épocas em que o número de visitantes aumenta na capital baiana. Salvador, que era considerada a terceira cidade mais procurada pelo turista, passou a ocupar o quinto lugar na lista da pesquisa Caracterização e Dimensionamento do Turismo Internacional no Brasil, com 11,4% dos votos.
O coordenador da Câmara Empresarial de Turismo da Bahia (CET-BA ), Giuseppe Belmonte, diz que a capital perdeu o posto por causa dos atuais problemas de conservação dos sítios turísticos.
"O Porto da Barra é um cartão-postal que pode ser bonito em qualquer lugar do mundo, mas precisa ser mais bem cuidado. Investir em maior segurança nos pontos turísticos, como o Centro Histórico, é uma maneira de atrair mais turistas, que querem encontrar segurança e beleza na cidade que visitam", diz.
O consultor de finanças Ângelo Guerreiro Costa diz que não crê em mudanças significativas para Salvador em 2013. "Reafirmo que Salvador deve ser uma cidade voltada para serviço, em especial para o turismo, por conta das suas belezas naturais. O grande ponto para aumentar a arrecadação e a renda dos soteropolitanos seria investir no que dá dinheiro, que é o turismo", aconselha.
Ciclovias e sustentabilidade - Outro fator importante para a melhoria da qualidade de vida seria viabilização do plano Cidade Bicicleta, que prevê a implantação de estruturas no sistema de ciclovias e ciclofaixas para os ciclistas, sugere a arquiteta Fernanda Fernandes.
Especialistas defendem que a inclusão da bicicleta nos deslocamentos urbanos é fundamental para a implantação do conceito de mobilidade para a construção de cidades sustentáveis.
Estas medidas promoveriam a redução do custo da mobilidade das pessoas e da degradação do meio ambiente, segundo diretrizes da política nacional discutidas na Conferência das Cidades, quando a Secretaria Nacional de Transporte implementou um fórum para discussão do Programa Bicicleta Brasil.
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